Modelo de Levins aprimorado para 2 espécies: mudanças entre as edições
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{{Ecologia| [[Modelo de Lotka-Volterra amortecido]] | [[Modelo | {{Ecologia| [[Modelo de Lotka-Volterra amortecido]] | [[Modelo de Levins aprimorado para 2 espécies II]] }} | ||
{{Ecologia| [[Modelo de Lotka-Volterra amortecido]] | [[Modelo | |||
=== Comparação com outros modelos === | |||
Para duas espécies, vamos trabalhar com o seguinte sistema de equações: | |||
<math>\begin{align} | |||
\frac{dx}{dt} = & c_{1}x\left(1-D-x\right)-e_1x-\mu xy \\ | |||
\frac{dy}{dt} = & yc_{y}\left(x-yx\right)-ye_{y}\\ | |||
\end{align}</math> | |||
Onde <math>x</math> é a presa e <math>y</math> o predador. Podemos comparar com outros modelos. Como um modelo inspirado no [[modelo de Levins]], podemos ver semelhanças bastante fortes desde já. Lembrando do modelo de Levins rapidamente: | |||
<math>\frac{dp}{dt}=c\left(h-p\right)p-ep</math> | |||
O termo <math>\left(1-D-x\right)</math> na equação da presa é a quantidade de fragmentos disponíveis para a colonização da presa, uma vez que precisamos descontar os fragmentos destruídos, além dos ocupados. Como todos parâmetros são em termos de proporções, temos probabilidade de selecionarmos um fragmento disponível para a colonização da presa. E o termo <math>\left(x_{1}-yx_{1}\right)</math> na equação do predador tem a mesma função, porém agora precisamos lembrar que os fragmentos que o predador pode ocupar são os que já estão ocupados pela presa, descontando os que já possuem predador. Então considerando propriedades de conjuntos, e olhando em termos de probabilidades esta equação, temos a probabilidade <math>P\left(x\right)</math> de selecionar um fragmento ocupada pela presa, mas precisamos descontar a probabilidade de selecionar um fragmento que também já esteja ocupada por um predador <math>P\left(x\cap y\right)</math>. A maior diferença se dá porque a presa tem um termo a mais correspondendo ao decréscimo da população devido a predação, evento não considerado no modelo de Levins, mas considerado no modelo de Lotka-Volterra. | |||
Por isso a próxima comparação que podemos fazer é com o modelo de [[Modelo de Lotka-Volterra amortecido|Lotka-Volterra amortecido]]: | |||
<math>\begin{align} | |||
\frac{dx}{dt} = & x\left(a-\alpha y\right)-kx^{2} \\ | |||
\frac{dy}{dt} = & y\left(-c+\gamma x\right)\\ | |||
\end{align}</math> | |||
Vamos reescrever nosso sistema de equações: | |||
<math>\begin{align} | |||
\frac{dx}{dt} = & x\left(c_{1}\left(1-D\right)-\mu y\right)-c_{1}x^{2}-e_{1}x \\ | |||
\frac{dy}{dt} = & y\left(-e_{y}+c_{y}x\right)-c_{y}xy^{2}\\ | |||
\end{align}</math> | |||
Olhando agora primeiro para a equação da presa, a maior diferença que encontramos, e é que temos o termo de extinção local que não é devido a predação <math>e_1x</math>, algo já familiar do modelo de Levins. E já quando olhamos para a equação do predador, temos o termo <math display="inline">\left(c_{y}x\right)y^{2}</math> , podemos pensar também como um termo logístico, impondo um limite na população de predadores, da mesma forma que ocorre com as presas. Porém agora o termo logístico não é uma constante, mas depende também da população de presas. | |||
=== Análises dos pontos de equilíbrio === | |||
==== Sendo todos o parâmetros como variáveis ==== | |||
Vamos tentar fazer análises parecidas agora. Primeiro buscar os pontos de equilíbrio pro sistema: | |||
<math display="block">\begin{array}{cc} | |||
x\left[\left(c_{1}\left(1-D\right)-\mu y\right)-c_{1}x-e_{1}\right] & =0\\ | |||
y\left[\left(-e_{y}+c_{y}x\right)-c_{y}xy\right] & =0 | |||
\end{array}</math> | |||
<div class="list"> | |||
<span> </span>Temos então 4 pontos de equilíbrio: | |||
* Primeiro: <math display="inline">\left(0,0\right)\rightarrow</math> extinção de ambas as espécies | |||
* Segundo: <math display="inline">\left(\left(1-D\right)-\frac{e_{1}}{c_{1}},0\right)\rightarrow</math> extinção do predador | |||
</div>Os pontos de equilíbrio com ambas as espécies são extremamente mais complicados. Para o terceiro ponto temos: | |||
<math display="block">\begin{array}{cc} | |||
x= & -\frac{\sqrt{c_{y}^{2}\mu^{2}+\left(4c_{1}c_{y}e_{y}+2c_{y}^{2}e_{1}+\left(2D-2\right)c_{1}c_{y}^{2}\right)\mu+c_{y}^{2}e_{1}^{2}+\left(2D-2\right)c_{1}c_{y}^{2}e_{1}+\left(D^{2}-2D+1\right)c_{1}^{2}c_{y}^{2}}+c_{y}\mu+c_{y}e_{1}+\left(D-1\right)c_{1}c_{y}}{2c_{1}c_{y}}\\ | |||
y= & \frac{\sqrt{c_{y}^{2}\mu^{2}+\left(4c_{1}c_{y}e_{y}+2c_{y}^{2}e_{1}+\left(2D-2\right)c_{1}c_{y}^{2}\right)\mu+c_{y}^{2}e_{1}^{2}+\left(2D-2\right)c_{1}c_{y}^{2}e_{1}+\left(D^{2}-2D+1\right)c_{1}^{2}c_{y}^{2}}+c_{y}\mu-c_{y}e_{1}+\left(1-D\right)c_{1}c_{y}}{2c_{y}\mu} | |||
\end{array}</math> | |||
E o quarto e último ponto: | |||
<math display="block">\begin{array}{cc} | |||
x= & \frac{\sqrt{c_{y}^{2}\mu^{2}+\left(4c_{1}c_{y}e_{y}+2c_{y}^{2}e_{1}+\left(2D-2\right)c_{1}c_{y}^{2}\right)\mu+c_{y}^{2}e_{1}^{2}+\left(2D-2\right)c_{1}c_{y}^{2}e_{1}+\left(D^{2}-2D+1\right)c_{1}^{2}c_{y}^{2}}-c_{y}\mu-c_{y}e_{1}-\left(D-1\right)c_{1}c_{y}}{2c_{1}c_{y}}\\ | |||
y=- & \frac{\sqrt{c_{y}^{2}\mu^{2}+\left(4c_{1}c_{y}e_{y}+2c_{y}^{2}e_{1}+\left(2D-2\right)c_{1}c_{y}^{2}\right)\mu+c_{y}^{2}e_{1}^{2}+\left(2D-2\right)c_{1}c_{y}^{2}e_{1}+\left(D^{2}-2D+1\right)c_{1}^{2}c_{y}^{2}}-c_{y}\mu+c_{y}e_{1}-\left(1-D\right)c_{1}c_{y}}{2c_{y}\mu} | |||
\end{array}</math>Estes últimos pontos (com o equilíbrio entre as espécies) são complicados demais para nos referirmos explicitamente daqui em diante quando necessário utilizamos alguma notação como <math display="inline">\left(x_{j},y_{j}\right)</math> para denotar o <math display="inline">j-\acute{e}simo</math> ponto de equilíbrio, sem escrevê-lo por inteiro. Vamos linearizar e analisar a estabilidade em torno dos pontos de equilíbrio. Para o ponto <math display="inline">\left(x_{1},y_{1}\right)=\left(0,0\right)</math> é muito simples: | |||
<math display="block">\frac{dx}{dt}=x\left(c_{1}\left(1-D\right)-\mu y\right)-c_{1}x^{2}-e_{1}x</math><math display="block">\frac{dy}{dt}=y\left(-e_{y}+c_{y}x\right)-c_{y}xy^{2}</math> | |||
Separando os termos lineares dos não lineares: | |||
<math display="block">\frac{dx}{dt}=\left[x\left(c_{1}\left(1-D\right)-e_{1}\right)\right]-\left[\mu yx+c_{1}x^{2}\right]</math><math display="block">\frac{dy}{dt}=-\left[ye_{y}\right]+\left[c_{y}xy-c_{y}xy^{2}\right]</math> | |||
Calculando então os limites: | |||
<math display="block">\lim_{\left(x,y\right)\rightarrow\left(0,0\right)}-\frac{\mu yx+c_{1}x^{2}}{x\left(c_{1}\left(1-D\right)-e_{1}\right)}=\lim_{\left(x,y\right)\rightarrow\left(0,0\right)}-\frac{\mu y+c_{1}x}{c_{1}\left(1-D\right)-e_{1}}=0</math><math display="block">\lim_{\left(x,y\right)\rightarrow\left(0,0\right)}-\frac{c_{y}xy-c_{y}xy^{2}}{ye_{y}}=\lim_{\left(x,y\right)\rightarrow\left(0,0\right)}-\frac{c_{y}x-c_{y}xy}{e_{y}}=0</math> | |||
Desprezando os termos não lineares: | |||
<math display="block">\left(\begin{array}{c} | |||
\dot{x}\\ | |||
\dot{y} | |||
\end{array}\right)=\left(\begin{array}{cc} | |||
c_{1}\left(1-D\right)-e_{1} & 0\\ | |||
0 & -e_{y} | |||
\end{array}\right)\left(\begin{array}{c} | |||
x\\ | |||
y | |||
\end{array}\right)</math> | |||
Logo um dos autovalores é real, sempre negativo <math display="inline">\left(-e_{y}\right)</math> e o segundo é <math display="inline">\left(c_{1}\left(1-D\right)-e_{1}\right)</math>. Basicamente se o termo de colonização do guanaco for maior que o da extinção <math display="inline">\left(c_{1}\left(1-D\right)>e_{1}\right)</math>, temos dois autovalores de sinais opostos, ou seja, um ponto de instabilidade. Aumentando a taxa de extinção do guanaco (ou a destruição do habitat) passamos a ter <math display="inline">c_{1}\left(1-D\right)<e_{1}</math>, e a extinção de ambas as espécies. Aqui podemos notar uma diferença dos modelos de Lotka-Volterra: a extinção de ambas as espécies pode ser um ponto de equilíbrio estável. Ou seja nos modelos anteriores o sistema nunca iria para o equilíbrio com extinção total, agora há essa possibilidade dependendo do nível de destruição do sistema. | |||
Para o segundo ponto de equilíbrio <math display="inline">\left(x_{2},y_{2}\right)=\left(x_{2},0\right)</math> precisamos fazer a translação: <math display="inline">u=x-x_{2}</math> e <math display="inline">v=y</math>. | |||
<div class="list"> | |||
<span> </span><math display="block">\frac{du}{dt}=\left[\left(-2c_{1}x_{2}+\left(1-D\right)c_{1}-e_{1}\right)u+\left(-\mu x_{2}\right)v+\left(-c_{1}x_{2}^{2}-e_{1}x_{2}+\left(1-D\right)x_{2}c_{1}\right)\right]+\left[-\mu uv-c_{1}u^{2}\right]</math><math display="block">\frac{dv}{dt}=\left[\left({\it c_{y}}x_{2}-{\it e_{y}}\right)v\right]+\left[-{\it c_{y}}v^{2}x_{2}-{\it c_{y}}uv^{2}+{\it c_{y}}uv\right]</math> | |||
</div>Podemos ver facilmente que é semi linear para <math display="inline">\dot{u}</math> uma vez que ao fazermos os: | |||
<math display="block">\lim_{\left(x,y\right)\rightarrow\left(0,0\right)}\frac{\text{parte não-linear}}{\text{parte linear}}</math><math display="block">\lim_{\left(u,v\right)\rightarrow\left(0,0\right)}\frac{-\mu uv-c_{1}u^{2}}{\left(-2c_{1}x_{2}+\left(1-D\right)c_{1}-e_{1}\right)u+\left(-\mu x_{2}\right)v}</math> | |||
Fazendo a substituição <math display="inline">r^{2}=x^{2}+y^{2}</math> e <math display="inline">\left(x,y\right)=\left(r\cos\theta,r\sin\theta\right)</math>: | |||
<math display="block">\lim_{r\rightarrow0}\frac{r^{2}\left(-\mu\cos\theta\sin\theta-c_{1}\cos\theta^{2}\right)}{\left(-2c_{1}x_{2}+\left(1-D\right)c_{1}-e_{1}\right)r\cos\theta+\left(-\mu x_{2}\right)r\sin\theta}</math><math display="block">\lim_{r\rightarrow0}\frac{r\left(-\mu\cos\theta\sin\theta-c_{1}\cos\theta^{2}\right)}{\left(-2c_{1}x_{2}+\left(1-D\right)c_{1}-e_{1}\right)\cos\theta+\left(-\mu x_{2}\right)\sin\theta}=0</math> | |||
É interessante notar que a parte constante vai zerar. E para <math display="inline">\dot{v}</math>: | |||
<math display="block">\lim_{\left(u,v\right)\rightarrow\left(0,0\right)}\frac{\left[-{\it c_{y}}v^{2}x_{2}-{\it c_{y}}uv^{2}+{\it c_{y}}uv\right]}{\left[\left({\it c_{y}}x_{2}-{\it e_{y}}\right)v\right]}=\frac{\left[-{\it c_{y}}vx_{2}-{\it c_{y}}uv+{\it c_{y}}u\right]}{\left[\left({\it c_{y}}x_{2}-{\it e_{y}}\right)\right]}=0</math> | |||
Analisando o comportamento linear então na proximidade do ponto de equilíbrio: | |||
<math display="block">\left(\begin{array}{c} | |||
\dot{u}\\ | |||
\dot{v} | |||
\end{array}\right)=\left(\begin{array}{cc} | |||
-2c_{1}x_{2}+\left(1-D\right)c_{1}-e_{1} & -\mu x_{2}\\ | |||
0 & {\it c_{y}}x_{2}-{\it e_{y}} | |||
\end{array}\right)\left(\begin{array}{c} | |||
u\\ | |||
v | |||
\end{array}\right)</math>E os autovalores são então: | |||
* <math display="inline">\lambda_{1}=\left(1-D-\frac{e_{1}}{c_{1}}\right)c_{y}-e_{y}</math> | |||
* <math display="inline">\lambda_{2}=e_{1}-\left(1-D\right)c_{1}</math> | |||
Podemos ver que o segundo autovalor tem uma relação entre a extinção e a colonização dos guanacos, se tivermos um valor suficientemente alto de colonização então <math display="inline">\left(1-D\right)c_{1}>e_{1}\rightarrow\lambda_{2}<0</math> . E no primeiro autovalor temos uma relação entre a colonização e morte de predadores, se a morte de predadores for suficientemente alta <math display="inline">e_{y}>\left(1-D-\frac{e_{1}}{c_{1}}\right)c_{y}</math> então <math display="inline">\lambda_{1}<0</math> . Com as duas condições satisfeitas, temos um ponto de equilíbrio onde os predadores são extintos, e só restam presas. | |||
E por fim, temos dois pontos que suportam a coexistência entre duas espécies. Para <math display="inline">\left(x_{3},y_{3}\right)</math>: | |||
<math display="block">\frac{du}{dt}=\begin{array}{c} | |||
\left[\left(\left(1-D\right)c_{1}-e_{1}-2c_{1}x_{3}-\mu y_{3}\right)u+\left(-\mu x_{3}\right)v+\left(-\mu x_{3}y_{3}-c_{1}x_{3}^{2}-e_{1}x_{3}+\left(1-D\right)c_{1}x_{3}\right)\right]+\\ | |||
\left[-\mu uv-c_{1}u^{2}\right] | |||
\end{array}</math><math display="block">\frac{dv}{dt}=\begin{array}{c} | |||
\left[\left(c_{y}y_{3}-y_{3}^{2}c_{y}\right)u+\left(c_{y}x_{3}-e_{y}-2c_{y}x_{3}y_{3}\right)v+\left(c_{y}x_{3}y_{3}-y_{3}^{2}c_{y}x_{3}-e_{y}y_{3}\right)\right]+\\ | |||
\left[-2c_{y}uvy_{3}-c_{y}v^{2}x_{3}-c_{y}uv^{2}+c_{y}uv\right] | |||
\end{array}</math>Calculando os limites para verificar o comportamento semi linear:<math display="block">\lim_{\left(x,y\right)\rightarrow\left(0,0\right)}\frac{\text{parte não-linear}}{\text{parte linear}}</math> | |||
Para <math display="inline">\dot{u}</math>: | |||
<math display="block">\lim_{\left(u,v\right)\rightarrow\left(0,0\right)}\frac{-\mu uv-c_{1}u^{2}}{\left(\left(1-D\right)c_{1}-e_{1}-2c_{1}x_{3}-\mu y_{3}\right)u+\left(-\mu x_{3}\right)v}</math><math display="block">\lim_{r\rightarrow0}\frac{r^{2}\left(-\mu\cos\theta\sin\theta-c_{1}\cos^{2}\theta\right)}{\left(\left(1-D\right)c_{1}-e_{1}-2c_{1}x_{3}-\mu y_{3}\right)r\cos\theta+\left(-\mu x_{3}\right)r\sin\theta}</math><math display="block">\lim_{r\rightarrow0}\frac{r\left(-\mu\cos\theta\sin\theta-c_{1}\cos^{2}\theta\right)}{\left(\left(1-D\right)c_{1}-e_{1}-2c_{1}x_{3}-\mu y_{3}\right)\cos\theta+\left(-\mu x_{3}\right)\sin\theta}=0</math> | |||
E para <math display="inline">\dot{v}</math>: | |||
<math display="block">\lim_{\left(u,v\right)\rightarrow\left(0,0\right)}\frac{-2c_{y}uvy_{3}-c_{y}v^{2}x_{3}-c_{y}uv^{2}+c_{y}uv}{\left(c_{y}y_{3}-y_{3}^{2}c_{y}\right)u+\left(c_{y}x_{3}-e_{y}-2c_{y}x_{3}y_{3}\right)v}</math><math display="block">\lim_{r\rightarrow0}\frac{r^{2}\left(-2c_{y}\cos\theta\sin\theta y_{3}-c_{y}\sin^{2}\theta x_{3}-c_{y}\cos\theta\sin^{2}\theta+c_{y}\cos\theta\sin\theta\right)}{\left(c_{y}y_{3}-y_{3}^{2}c_{y}\right)r\cos\theta+\left(c_{y}x_{3}-e_{y}-2c_{y}x_{3}y_{3}\right)r\sin\theta}</math><math display="block">\lim_{r\rightarrow0}\frac{r\left(-2c_{y}\cos\theta\sin\theta y_{3}-c_{y}\sin^{2}\theta x_{3}-c_{y}\cos\theta\sin^{2}\theta+c_{y}\cos\theta\sin\theta\right)}{\left(c_{y}y_{3}-y_{3}^{2}c_{y}\right)\cos\theta+\left(c_{y}x_{3}-e_{y}-2c_{y}x_{3}y_{3}\right)\sin\theta}=0</math> | |||
Montando a matriz linearizada então: | |||
<math display="block">\left(\begin{array}{c} | |||
\dot{u}\\ | |||
\dot{v} | |||
\end{array}\right)=\left(\begin{array}{cc} | |||
\left(1-D\right)c_{1}-e_{1}-2c_{1}x_{3}-\mu y_{3} & -\mu x_{3}\\ | |||
c_{y}y_{3}-y_{3}^{2}c_{y} & c_{y}x_{3}-e_{y}-2c_{y}x_{3}y_{3} | |||
\end{array}\right)\left(\begin{array}{c} | |||
u\\ | |||
v | |||
\end{array}\right)</math>Infelizmente o autovalor é extremamente complexo se vamos considerar todos os parâmetros como variáveis. A partir de agora, vamos trabalhar atribuindo valores numéricos aos parâmetros, exceto o fato de destruição do habitat, que é um parâmetro que estamos interessado em analisar como afeta a dinâmica. | |||
==== Caso particular 1: Utilizando os parâmetros do artigo ==== | |||
Utilizando o seguinte conjunto de parâmetros | |||
* <math display="inline">c_{1}=0.1</math> | |||
* <math display="inline">e_{1}=0.025</math> | |||
* <math display="inline">e_{y}=0.015</math> | |||
* <math display="inline">\mu=0.3</math> | |||
* <math display="inline">c_{y}=0.015</math> | |||
Temos os seguintes pontos de equilíbrio com os respectivos autovalores: | |||
* <math display="inline">\left(x_{1},y_{1}\right)=\left(0,0\right)</math> | |||
** <math display="inline">\lambda_{1,k}\in\left\{ -\frac{3}{200},\frac{\left(0.75-D\right)}{10}\right\}</math> | |||
* <math display="inline">\left(x_{2},y_{2}\right)=\left(0.75-D,0\right)</math> | |||
** <math display="inline">\lambda_{2,k}\in\left\{ -\frac{12D+3}{800},\frac{\left(D-0.75\right)}{10}\right\}</math> | |||
* <math display="inline">\left(x_{3},y_{3}\right)=\left(\frac{-4D-9-\sqrt{16D^{2}+72D+273}}{8},\frac{-4D+\left(\sqrt{16D^{2}+72D+273}+15\right)}{24}\right)</math> | |||
** <math display="inline">\lambda_{3,1}=\frac{23\sqrt{16D^{2}+72D+273}+92D+231-\sqrt{2}\sqrt{\left(1156D+1233\right)\sqrt{16D^{2}+72D+273}+4624D^{2}+23016D+33369}}{3200}</math> | |||
** <math display="inline">\lambda_{3,2}=\frac{23\sqrt{16D^{2}+72D+273}+92D+231+\sqrt{2}\sqrt{\left(1156D+1233\right)\sqrt{16D^{2}+72D+273}+4624D^{2}+23016D+33369}}{3200}</math> | |||
* <math display="inline">\left(x_{4},y_{4}\right)=\left(\frac{-4D-9+\sqrt{16D^{2}+72D+273}9}{8},\frac{-4D-\left(\sqrt{16D^{2}+72D+273}+15\right)}{24}\right)</math> | |||
** <math display="inline">\lambda_{4,1}=\frac{-23\sqrt{16D^{2}+72D+273}+92D+231-\sqrt{2}\sqrt{\left(-1156D-1233\right)\sqrt{16D^{2}+72D+273}+4624D^{2}+23016D+33369}}{3200}</math> | |||
** <math display="inline">\lambda_{4,2}=\frac{-23\sqrt{16D^{2}+72D+273}+92D+231+\sqrt{2}\sqrt{\left(-1156D-1233\right)\sqrt{16D^{2}+72D+273}+4624D^{2}+23016D+33369}}{3200}</math> | |||
Para o primeiro ponto ele está fixo <math display="inline">\left(0,0\right)</math> e podemos perceber que um autovalor é negativo e o outro depende se <math display="inline">D</math> é maior ou menor que <math display="inline">0.75</math>. Para fatores de destruição maior, ambos autovalores são negativos e temos um ponto de equilíbrio estável com a extinção de ambas espécies, para fatores de destruição menor, temo um ponto instável. | |||
Para o segundo ponto de equilíbrio, temos novamente uma dependência da relação entre <math display="inline">D</math> e <math display="inline">0.75</math>. O próprio pronto vai se aproximando a <math display="inline">\left(0,0\right)</math> conforme <math display="inline">D</math> cresce. Além disso para valores em que <math display="inline">D<0.75</math> temos um ponto de equilíbrio estável e para acima deste valores se torna instável. Lembrando que para <math display="inline">D>0.75</math> o ponto já passa a ter uma população negativa de pumas, o que não faz sentido ecologicamente, enquanto o primeiro ponto de equilíbrio <math display="inline">\left(0,0\right)</math> se torna estável. Então “recuperamos”o resultado do primeiro ponto de equilíbrio. | |||
Os próximos como pode-se imaginar são mais complicados de se analisar, por isso vamos utilizar gráficos para trabalhar. | |||
<div class="list">[[Ficheiro:3-4P.png|esquerda|280x200px|miniaturadaimagem|Os gráfico superiores fazem referência ao terceiro ponto de equilíbrio, e os inferiores ao quarto ponto. À esquerda a localização do ponto de equilíbrio, e à direita os autovalores.]]<span> </span> | |||
</div> | |||
Os dois pontos de equilíbrio tem uma população negativa, e um auto valor positivo, portanto são pontos que não fazem sentido ecologicamente e matematicamente são pontos de equilíbrio instável. Desta forma, o sistema sempre evolui para a extinção de ambas as espécies, como podemos ver no espaço de fazes. Seja calculando a evolução do sistema para diferentes condições inciais, ou fazendo o rascunho do diagrama de fase. | |||
<div class="list">[[Ficheiro:diagramas_caso1.png|centro|miniaturadaimagem|643x269px|A esquerda temos a evolução do sistema no espaço de estados para diferentes condições iniciais, calculado via Python, e à direta o diagrama de fase plotado via [https://www.wolframalpha.com/widgets/view.jsp?id=9298fea31cf266903b3df7174b95ddd7 WolframAlpha].]]<span> </span> | |||
</div> | |||
==== Caso particular 2: Fatores de colonização aumentados ==== | |||
Análogo ao problema do modelo de Levins, este modelo ainda carrega a deficiência de não considerar a configuração espacial. Vamos analisar outro cenário que damos multiplicamos por 4 as taxas de colonização, com o objetivo de analisarmos um cenário em que há coexistência entre presas epredadores. | |||
Repetindo os cálculos temos que o primeiro ponto de equilíbrio é <math display="inline">\left(0,0\right)</math>, com os autovalores <math display="inline">\left(-\frac{3}{200},\frac{16}{40}\left(0.9375-D\right)\right)</math>, então agora para <math display="inline">D<0.9375</math>, este é um ponto de equilíbrio instável. O segundo ponto de equilíbrio é <math display="inline">\left(D-0.9375,0\right)</math> com os autovalores <math display="inline">\left(\frac{48}{800}\left(0.6875-D\right),\frac{16}{40}\left(D-0.9375\right)\right)</math>, então para <math display="inline">D<0.6875</math> temos temos o par de sinai dos autovalores <math display="inline">\left(+,-\right)</math> , para valores maiores que <math display="inline">D>0.9375</math> <math display="inline">\left(-,+\right)</math> e para valores intermediários <math display="inline">0.6875<D<0.9375</math> temos <math display="inline">\left(-,-\right)</math>. O que isso significa? | |||
Bom, para valores maiores que <math display="inline">0.9375</math> então temos um ponto de equilíbrio instável,e nessa situação o ponto estável é em <math display="inline">\left(0,0\right)</math> ou seja, esperamos o a extinção de de ambas as espécies. Para valores entre <math display="inline">0.6875<D<0.9375</math> temos um ponto de equilíbrio estável, nessa situação, apenas a presa sobrevive. E para valores menores, temos um ponto de equilíbrio instável. E esperamos que os próximos dois pontos de equilíbrio nos ajude a responder o que acontece. Semelhante à discussão anterior, os próximos dois pontos são melhores analisados através de gráficos. | |||
<div class="center">[[Ficheiro:3P.png|miniaturadaimagem|280x200px|Análise do terceiro ponto de equilíbrio para o caso particular 2. À esquerda a psição do ponto e a direita seu auto-valor.]]</div> | |||
Para o terceiro ponto de equilíbrio, sempre temos população de presas negativas, o que não fez sentido ecologicamente. Esse resultadoé coerente matematicamente pois a parte real dos autovalores são sempre positivos, então é um ponto instável. E por fim, o mais interessante é o quarto ponto de equilíbrio. Para este ponto, <math display="inline">D=0.6875</math> é exatamente o valor no qual deixa de ser um ponto que ecologicamente faz sentido e também deixa de ser um ponto de equilíbrio estável, e para valores menores que este, tempos um ponto de equilíbrio estável. Então resumidamente, temos | |||
[[Ficheiro:4.png|direita|miniaturadaimagem|280x200px|Análise do quarto ponto de equilíbrio para o caso particular 2. À esquerda a psição do ponto e a direita seu auto-valor.]] | |||
*<math display="inline">D<0.6875</math>: Coexistência de ambas espécies; | |||
*<math display="inline">0.6875<D<0.9375</math>: Sobrevivência da presa; | |||
*<math display="inline">0.9375<D</math>: Extinção de todas as espécies. | |||
Plotando então a evolução e diagramas de fases para 3 valores de <math display="inline">D</math> (<math display="inline">0.5,0.7,0.96</math>), temos: | |||
[[Ficheiro:diagramas.png|centro|miniaturadaimagem|367x300px|Na esquerda superior temos a evolução do sistema no espaço de fase plotado via Python para os diferentes valores de <math>D</math>. As outras três imagens são os diagramas de fases pltoas via WolframAlpha também para os três diferentes valores de <math>D</math>.]] | |||
=== Códigos === | |||
Script para o [https://wxmaxima-developers.github.io/wxmaxima/ WxMaxima] utilizado para efetuar os cálculos simbólicos necessários para analisar os pontos de equilíbrio considerando todos parâmetros como variáveis: | |||
Cálculos simbólico do modelo de Levins aprimorado para 2 espécies considerando todos parâmetros como variáveis | |||
Jhordan Silveira de Borba | |||
sbjhordan@gmail.com | |||
--> ratprint: false$ | |||
Declaração do sistema de equações: | |||
--> dx:(x*(c_1*(1-D)-mu*y)-c_1*x^2-e_1*x); | |||
dy:(y*(-e_y+c_y*x)-c_y*x*y^2); | |||
Soluções e verificação das soluções | |||
--> sol:(algsys([dx, dy], [x,y])); | |||
N:1;radcan(dx),sol[N][1],sol[N][2]; radcan(dy),sol[N][1],sol[N][2]; | |||
Segundo ponto: | |||
- Deslocamento | |||
- Verificação que a solução linear tem o mesmo ponto de equilíbrio e autovalor | |||
- Aqui se a partir de A2 tivermos x_2=x, então x é a posição do ponto de equilíbrio, e não uma variável. | |||
--> radcan(dx),x=u+x_2,y=v;radcan(dy),x=u+x_2,y=v; | |||
--> B:matrix([u],[v]); | |||
A2:matrix([-2*c_1*x_2+(1-D)*c_1-e_1,-mu*x_2],[0,c_y*x_2-e_y]),x_2=x; | |||
C2:matrix([-c_1*x_2^2-e_1*x_2+(1-D)*x_2*c_1],[0]),x_2=x; | |||
radcan(A2.B),u=0,v=0,sol[2][1]; | |||
radcan(C2),u=0,v=0,sol[2][1]; | |||
radcan(eigenvalues(A2)),sol[2][1]; | |||
Terceiro e quarto ponto ponto: | |||
- Deslocamento | |||
- Verificação que a solução linear tem o mesmo ponto de equilíbrio e autovalor | |||
- Aqui se a partir de A3 tivermos x_3=x e y_3=y, então x e y são a posição do ponto de | |||
equilíbrio, e não uma variável. | |||
--> radcan(dx),x=u+x_3,y=v+y_3;radcan(dy),x=u+x_3,y=v+y_3; | |||
--> A3:matrix([(1-D)*c_1-e_1-2*c_1*x_3-mu*y_3,-mu*x_3],[c_y*y_3-y_3^2*c_y,c_y*x_3-e_y-2*c_y*x_3*y_3]),x_3=x,y_3=y; | |||
C3:matrix([-mu*x_3*y_3-c_1*x_3^2-e_1*x_3+(1-D)*c_1*x_3],[c_y*x_3*y_3-y_3^2*c_y*x_3-e_y*y_3]),x_3=x,y_3=y; | |||
radcan(A3.B),u=0,v=0,sol[3][1],sol[3][2]; | |||
radcan(C3),u=0,v=0,sol[3][1],sol[3][2]; | |||
radcan(C3),u=0,v=0,sol[4][1],sol[4][2]; | |||
radcan(eigenvalues(A3)),sol[3][1],sol[3][2]; | |||
Script para calcularmos os pontos de equilíbrio e autovalores do sistema tendo a fração de destruição do sistema como única variável: | |||
Análise utilizando como variável apenas D | |||
Jhordan Silveira de Borba | |||
sbjhordan@gmail.com | |||
- Repetimos todos os cálculos substituindo as variáveis pelos valores | |||
- Plotamos os gráficos | |||
- Obs.: Para obtermos a parte real usamos realpart(%) e a imaginária | |||
imagpart(%) | |||
--> c_1:0.1;e_1:0.025;e_y:0.015;mu:0.3;c_y:0.015; | |||
dx:(x*(c_1*(1-D)-mu*y)-c_1*x^2-e_1*x); | |||
dy:(y*(-e_y+c_y*x)-c_y*x*y^2); | |||
sol:(algsys([dx, dy], [x,y])); | |||
B:matrix([u],[v]); | |||
A1:matrix([c_1*(1-D)-e_1,0],[0,-e_y]); | |||
A2:matrix([-2*c_1*x_2+(1-D)*c_1-e_1,-mu*x_2],[0,c_y*x_2-e_y]),x_2=x; | |||
A3:matrix([(1-D)*c_1-e_1-2*c_1*x_3-mu*y_3,-mu*x_3],[c_y*y_3-y_3^2*c_y,c_y*x_3-e_y-2*c_y*x_3*y_3]),x_3=x,y_3=y; | |||
l1:radcan(eigenvalues(A1)); | |||
l2:radcan(eigenvalues(A2)),sol[2][1]; | |||
l3:radcan(eigenvalues(A3)),sol[3][1],sol[3][2]; | |||
l4:radcan(eigenvalues(A3)),sol[4][1],sol[4][2]; | |||
--> X:x,sol[3][1];Y:y,sol[3][2]; | |||
wxplot2d([X,Y], [D,0,1],[legend,"x","y"]); | |||
wxplot2d([l3[1][1],l3[1][2]], [D,0,1]); | |||
X:x,sol[4][1];Y:y,sol[4][2]; | |||
wxplot2d([X,Y], [D,0,1],[legend,"x","y"]); | |||
wxplot2d([l4[1][1],l4[1][2]], [D,0,1]); | |||
Script para calcularmos os vetores em torno de cada ponto de equilíbrio, para que possamos fazer um rascunho do plano de fase. | |||
Calculo de vetores para o rascunho do plano de fase com D=0.1: | |||
Jhordan Silveira de Borba | |||
--> D:0.1;c_1:0.1;e_1:0.025;e_y:0.015;mu:0.3;c_y:0.015; | |||
dx:(x*(c_1*(1-D)-mu*y)-c_1*x^2-e_1*x); | |||
dy:(y*(-e_y+c_y*x)-c_y*x*y^2); | |||
sol:(algsys([dx, dy], [x,y])),numer; | |||
B:matrix([u],[v]); | |||
A1:matrix([c_1*(1-D)-e_1,0],[0,-e_y]); | |||
A2:matrix([-2*c_1*x_2+(1-D)*c_1-e_1,-mu*x_2],[0,c_y*x_2-e_y]),x_2=x; | |||
C2:matrix([-c_1*x_2^2-e_1*x_2+(1-D)*x_2*c_1],[0]),x_2=x; | |||
A3:matrix([(1-D)*c_1-e_1-2*c_1*x_3-mu*y_3,-mu*x_3],[c_y*y_3-y_3^2*c_y,c_y*x_3-e_y-2*c_y*x_3*y_3]),x_3=x,y_3=y; | |||
C3:matrix([-mu*x_3*y_3-c_1*x_3^2-e_1*x_3+(1-D)*c_1*x_3],[c_y*x_3*y_3-y_3^2*c_y*x_3-e_y*y_3]),x_3=x,y_3=y; | |||
l1:radcan(eigenvalues(A1)),numer; | |||
l2:radcan(eigenvalues(A2)),sol[2][1],numer; | |||
l3:radcan(eigenvalues(A3)),sol[3][1],sol[3][2],numer; | |||
l4:radcan(eigenvalues(A3)),sol[4][1],sol[4][2],numer; | |||
--> radcan((A1.B)); | |||
radcan((A2.B)),sol[2][1]; | |||
radcan((A3.B)),sol[3][1],sol[3][2]; | |||
radcan((A3.B)),sol[4][1],sol[4][2]; | |||
Script em Python para plotar o rascunho do diagrama de fases, pode ser editado para visualizarmos só a vizinhança de cada ponto. | |||
# -*- coding: utf-8 -*- | |||
# Modelo aprimorado de Levins para 2 espécies: Diagrama de fases | |||
# Jhordan Silveira de Borba | |||
# sbjhordan@gmail.com | |||
import matplotlib.pyplot as plt | |||
import numpy as np | |||
def phase_lot(): | |||
p1=[0.,0.] # Ponto de equilíbrio 1 | |||
p2=[0.65,0.] # Ponto de equilíbrio 2 | |||
p3=[-3.27,1.31] # Ponto de equilíbrio 3 | |||
p4=[0.92,-0.09] # Ponto de equilíbrio 4 | |||
X = np.arange(0,1, 0.1/2) # Eixo X | |||
Y = np.arange(0,1, 0.1/2) # Eixo Y | |||
U,V=np.meshgrid(X,Y) | |||
c=0 | |||
for x in X: | |||
l=0 | |||
for y in Y: | |||
#Distâncias | |||
d=[] | |||
d.append(np.sqrt((x-p1[0])*(x-p1[0])+(y-p1[1])*(y-p1[1]))) | |||
d.append(np.sqrt((x-p2[0])*(x-p2[0])+(y-p2[1])*(y-p2[1]))) | |||
d.append(np.sqrt((x-p3[0])*(x-p3[0])+(y-p3[1])*(y-p3[1]))) | |||
d.append(np.sqrt((x-p4[0])*(x-p4[0])+(y-p4[1])*(y-p4[1]))) | |||
for i in range(len(d)): | |||
if (min(d)==d[i]): | |||
p=i | |||
#Calculamos o vetor baseado no ponto mais próximo: | |||
if(p==0): | |||
u=x-p1[0] | |||
v=y-p1[1] | |||
a=(13*u)/200 | |||
b=-(3*v)/200 | |||
elif (p==1): | |||
u=x-p2[0] | |||
v=y-p2[1] | |||
a=-(70*v+23*u+25)/36 | |||
b=-(21*v)/40 | |||
elif(p==2): | |||
u=x-p3[0] | |||
v=y-p3[1] | |||
a=(285*v+80*u-5)/29 | |||
b=(11*v-10*u)/17 | |||
elif(p==3): | |||
u=x-p4[0] | |||
v=y-p4[1] | |||
a=-(47*v+15*u+12)/17 | |||
b=(20*v-21*u-66)/18 | |||
else: | |||
print("Algo deu errado") | |||
m=np.sqrt(a*a+b*b) # Módulo do vetor | |||
if(m==0): | |||
m=1 | |||
# Normalizamos e salvamos o vetor: [dx/dt,dy/dt]=[a,b] | |||
U[l,c]=a/m | |||
V[l,c]=b/m | |||
l=l+1 | |||
c=c+1 | |||
fig, ax = plt.subplots() | |||
ax.quiver(X, Y, U, V) | |||
plt.plot(p0[0],p0[1],'ko') #Plotamos o primeiro ponto de equilíbrio | |||
plt.plot(p1[0],p1[1],'ko') #Plotamos o segundo ponto de equilíbrio | |||
plt.plot(p3[0],p2[1],'ko') #Plotamos o terceiro ponto de equilíbrio | |||
plt.plot(p4[0],p3[1],'ko') #Plotamos o quarto ponto de equilíbrio | |||
plt.show() | |||
Script em Python para analisar a evolução do sistema no espaço de fases, utilizando o método de Euler: | |||
# -*- coding: utf-8 -*- | |||
# Modelo aprimorado de Levins para 2 espécies: evolução do sistema no espaçode estados | |||
# Jhordan Silveira de Borba | |||
# sbjhordan@gmail.com | |||
def phase2(): | |||
#Parâmetros | |||
c1=0.1 # Fator de colonização do guanaco | |||
cy=0.015 # Fator de colonização do puma | |||
e1=0.025 # Fator de extinção local do guanaco | |||
ey=0.015 # Fator de extinção local do puma | |||
u1=0.3 # Fator de predação do guanaco | |||
N=int(200000) # Duração da simulação | |||
d=0.01 # Tamanho do passo | |||
D=0.5 # Destruição do habitat | |||
p1=[0.,0.] # Ponto de equilíbrio 1 | |||
p2=[0.65,0.] # Ponto de equilíbrio 2 | |||
p3=[-3.26,1.30] # Ponto de equilíbrio 3 | |||
p4=[0.92,-0.09] # Ponto de equilíbrio 4 | |||
#Valores iniciais: | |||
init=[(0.4,0.4),(0.3,0.3),(0.05,0.05)] | |||
c=0 | |||
for it in init: | |||
x=[] | |||
y=[] | |||
x.append(it[0]) | |||
y.append(it[1]) | |||
for i in range(N-1): | |||
x.append(x[i]+d*(c1*x[i]*(1-D-x[i])-e1*x[i]-u1*x[i]*y[i])) | |||
y.append(y[i]+d*(cy*y[i]*(x[i]-y[i]*(x[i]))-ey*y[i])) | |||
if(c==0): | |||
plt.plot(x,y,'g-') | |||
plt.plot(it[0],it[1],'go') | |||
D=0.7 | |||
elif (c==1): | |||
plt.plot(x,y,'b-') | |||
plt.plot(it[0],it[1],'bo') | |||
D=0.95 | |||
else: | |||
plt.plot(x,y,'r-') | |||
plt.plot(it[0],it[1],'ro') | |||
c=c+1 | |||
plt.plot(p1[0],p1[1],'ko') | |||
plt.plot(p2[0],p2[1],'ko') | |||
plt.plot(p3[0],p3[1],'ko') | |||
plt.plot(p4[0],p4[1],'ko') | |||
plt.xlim(0,0.5) | |||
plt.ylim(0,0.5) | |||
plt.show() | |||
=== Principal material utilizado === | |||
# [https://arxiv.org/pdf/1409.0024.pdf Mathematical model of livestock and wildlife: Predationand competition under environmental disturbances] (Fabiana Laguna e outros, Ecological Modelling) | |||
{{Ecologia| [[Modelo de Lotka-Volterra amortecido]] | [[Modelo de Levins aprimorado para 2 espécies II]] }} |
Edição atual tal como às 21h53min de 2 de maio de 2021
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Comparação com outros modelos
Para duas espécies, vamos trabalhar com o seguinte sistema de equações:
Onde é a presa e o predador. Podemos comparar com outros modelos. Como um modelo inspirado no modelo de Levins, podemos ver semelhanças bastante fortes desde já. Lembrando do modelo de Levins rapidamente:
O termo na equação da presa é a quantidade de fragmentos disponíveis para a colonização da presa, uma vez que precisamos descontar os fragmentos destruídos, além dos ocupados. Como todos parâmetros são em termos de proporções, temos probabilidade de selecionarmos um fragmento disponível para a colonização da presa. E o termo na equação do predador tem a mesma função, porém agora precisamos lembrar que os fragmentos que o predador pode ocupar são os que já estão ocupados pela presa, descontando os que já possuem predador. Então considerando propriedades de conjuntos, e olhando em termos de probabilidades esta equação, temos a probabilidade de selecionar um fragmento ocupada pela presa, mas precisamos descontar a probabilidade de selecionar um fragmento que também já esteja ocupada por um predador . A maior diferença se dá porque a presa tem um termo a mais correspondendo ao decréscimo da população devido a predação, evento não considerado no modelo de Levins, mas considerado no modelo de Lotka-Volterra.
Por isso a próxima comparação que podemos fazer é com o modelo de Lotka-Volterra amortecido:
Vamos reescrever nosso sistema de equações:
Olhando agora primeiro para a equação da presa, a maior diferença que encontramos, e é que temos o termo de extinção local que não é devido a predação , algo já familiar do modelo de Levins. E já quando olhamos para a equação do predador, temos o termo , podemos pensar também como um termo logístico, impondo um limite na população de predadores, da mesma forma que ocorre com as presas. Porém agora o termo logístico não é uma constante, mas depende também da população de presas.
Análises dos pontos de equilíbrio
Sendo todos o parâmetros como variáveis
Vamos tentar fazer análises parecidas agora. Primeiro buscar os pontos de equilíbrio pro sistema:
Temos então 4 pontos de equilíbrio:
- Primeiro: extinção de ambas as espécies
- Segundo: extinção do predador
Os pontos de equilíbrio com ambas as espécies são extremamente mais complicados. Para o terceiro ponto temos:
E o quarto e último ponto:
Separando os termos lineares dos não lineares:
Calculando então os limites:
Desprezando os termos não lineares:
Logo um dos autovalores é real, sempre negativo e o segundo é . Basicamente se o termo de colonização do guanaco for maior que o da extinção , temos dois autovalores de sinais opostos, ou seja, um ponto de instabilidade. Aumentando a taxa de extinção do guanaco (ou a destruição do habitat) passamos a ter , e a extinção de ambas as espécies. Aqui podemos notar uma diferença dos modelos de Lotka-Volterra: a extinção de ambas as espécies pode ser um ponto de equilíbrio estável. Ou seja nos modelos anteriores o sistema nunca iria para o equilíbrio com extinção total, agora há essa possibilidade dependendo do nível de destruição do sistema.
Para o segundo ponto de equilíbrio precisamos fazer a translação: e .
Podemos ver facilmente que é semi linear para uma vez que ao fazermos os:
Fazendo a substituição e :
É interessante notar que a parte constante vai zerar. E para :
Analisando o comportamento linear então na proximidade do ponto de equilíbrio:
Podemos ver que o segundo autovalor tem uma relação entre a extinção e a colonização dos guanacos, se tivermos um valor suficientemente alto de colonização então . E no primeiro autovalor temos uma relação entre a colonização e morte de predadores, se a morte de predadores for suficientemente alta então . Com as duas condições satisfeitas, temos um ponto de equilíbrio onde os predadores são extintos, e só restam presas.
E por fim, temos dois pontos que suportam a coexistência entre duas espécies. Para :
Para :
E para :
Montando a matriz linearizada então:
Caso particular 1: Utilizando os parâmetros do artigo
Utilizando o seguinte conjunto de parâmetros
Temos os seguintes pontos de equilíbrio com os respectivos autovalores:
Para o primeiro ponto ele está fixo e podemos perceber que um autovalor é negativo e o outro depende se é maior ou menor que . Para fatores de destruição maior, ambos autovalores são negativos e temos um ponto de equilíbrio estável com a extinção de ambas espécies, para fatores de destruição menor, temo um ponto instável.
Para o segundo ponto de equilíbrio, temos novamente uma dependência da relação entre e . O próprio pronto vai se aproximando a conforme cresce. Além disso para valores em que temos um ponto de equilíbrio estável e para acima deste valores se torna instável. Lembrando que para o ponto já passa a ter uma população negativa de pumas, o que não faz sentido ecologicamente, enquanto o primeiro ponto de equilíbrio se torna estável. Então “recuperamos”o resultado do primeiro ponto de equilíbrio.
Os próximos como pode-se imaginar são mais complicados de se analisar, por isso vamos utilizar gráficos para trabalhar.
Os dois pontos de equilíbrio tem uma população negativa, e um auto valor positivo, portanto são pontos que não fazem sentido ecologicamente e matematicamente são pontos de equilíbrio instável. Desta forma, o sistema sempre evolui para a extinção de ambas as espécies, como podemos ver no espaço de fazes. Seja calculando a evolução do sistema para diferentes condições inciais, ou fazendo o rascunho do diagrama de fase.
Caso particular 2: Fatores de colonização aumentados
Análogo ao problema do modelo de Levins, este modelo ainda carrega a deficiência de não considerar a configuração espacial. Vamos analisar outro cenário que damos multiplicamos por 4 as taxas de colonização, com o objetivo de analisarmos um cenário em que há coexistência entre presas epredadores.
Repetindo os cálculos temos que o primeiro ponto de equilíbrio é , com os autovalores , então agora para , este é um ponto de equilíbrio instável. O segundo ponto de equilíbrio é com os autovalores , então para temos temos o par de sinai dos autovalores , para valores maiores que e para valores intermediários temos . O que isso significa?
Bom, para valores maiores que então temos um ponto de equilíbrio instável,e nessa situação o ponto estável é em ou seja, esperamos o a extinção de de ambas as espécies. Para valores entre temos um ponto de equilíbrio estável, nessa situação, apenas a presa sobrevive. E para valores menores, temos um ponto de equilíbrio instável. E esperamos que os próximos dois pontos de equilíbrio nos ajude a responder o que acontece. Semelhante à discussão anterior, os próximos dois pontos são melhores analisados através de gráficos.
Para o terceiro ponto de equilíbrio, sempre temos população de presas negativas, o que não fez sentido ecologicamente. Esse resultadoé coerente matematicamente pois a parte real dos autovalores são sempre positivos, então é um ponto instável. E por fim, o mais interessante é o quarto ponto de equilíbrio. Para este ponto, é exatamente o valor no qual deixa de ser um ponto que ecologicamente faz sentido e também deixa de ser um ponto de equilíbrio estável, e para valores menores que este, tempos um ponto de equilíbrio estável. Então resumidamente, temos
- : Coexistência de ambas espécies;
- : Sobrevivência da presa;
- : Extinção de todas as espécies.
Plotando então a evolução e diagramas de fases para 3 valores de (), temos:
Códigos
Script para o WxMaxima utilizado para efetuar os cálculos simbólicos necessários para analisar os pontos de equilíbrio considerando todos parâmetros como variáveis:
Cálculos simbólico do modelo de Levins aprimorado para 2 espécies considerando todos parâmetros como variáveis Jhordan Silveira de Borba sbjhordan@gmail.com --> ratprint: false$ Declaração do sistema de equações: --> dx:(x*(c_1*(1-D)-mu*y)-c_1*x^2-e_1*x); dy:(y*(-e_y+c_y*x)-c_y*x*y^2); Soluções e verificação das soluções --> sol:(algsys([dx, dy], [x,y])); N:1;radcan(dx),sol[N][1],sol[N][2]; radcan(dy),sol[N][1],sol[N][2]; Segundo ponto: - Deslocamento - Verificação que a solução linear tem o mesmo ponto de equilíbrio e autovalor - Aqui se a partir de A2 tivermos x_2=x, então x é a posição do ponto de equilíbrio, e não uma variável. --> radcan(dx),x=u+x_2,y=v;radcan(dy),x=u+x_2,y=v; --> B:matrix([u],[v]); A2:matrix([-2*c_1*x_2+(1-D)*c_1-e_1,-mu*x_2],[0,c_y*x_2-e_y]),x_2=x; C2:matrix([-c_1*x_2^2-e_1*x_2+(1-D)*x_2*c_1],[0]),x_2=x; radcan(A2.B),u=0,v=0,sol[2][1]; radcan(C2),u=0,v=0,sol[2][1]; radcan(eigenvalues(A2)),sol[2][1]; Terceiro e quarto ponto ponto: - Deslocamento - Verificação que a solução linear tem o mesmo ponto de equilíbrio e autovalor - Aqui se a partir de A3 tivermos x_3=x e y_3=y, então x e y são a posição do ponto de equilíbrio, e não uma variável. --> radcan(dx),x=u+x_3,y=v+y_3;radcan(dy),x=u+x_3,y=v+y_3; --> A3:matrix([(1-D)*c_1-e_1-2*c_1*x_3-mu*y_3,-mu*x_3],[c_y*y_3-y_3^2*c_y,c_y*x_3-e_y-2*c_y*x_3*y_3]),x_3=x,y_3=y; C3:matrix([-mu*x_3*y_3-c_1*x_3^2-e_1*x_3+(1-D)*c_1*x_3],[c_y*x_3*y_3-y_3^2*c_y*x_3-e_y*y_3]),x_3=x,y_3=y; radcan(A3.B),u=0,v=0,sol[3][1],sol[3][2]; radcan(C3),u=0,v=0,sol[3][1],sol[3][2]; radcan(C3),u=0,v=0,sol[4][1],sol[4][2]; radcan(eigenvalues(A3)),sol[3][1],sol[3][2];
Script para calcularmos os pontos de equilíbrio e autovalores do sistema tendo a fração de destruição do sistema como única variável:
Análise utilizando como variável apenas D Jhordan Silveira de Borba sbjhordan@gmail.com - Repetimos todos os cálculos substituindo as variáveis pelos valores - Plotamos os gráficos - Obs.: Para obtermos a parte real usamos realpart(%) e a imaginária imagpart(%) --> c_1:0.1;e_1:0.025;e_y:0.015;mu:0.3;c_y:0.015; dx:(x*(c_1*(1-D)-mu*y)-c_1*x^2-e_1*x); dy:(y*(-e_y+c_y*x)-c_y*x*y^2); sol:(algsys([dx, dy], [x,y])); B:matrix([u],[v]); A1:matrix([c_1*(1-D)-e_1,0],[0,-e_y]); A2:matrix([-2*c_1*x_2+(1-D)*c_1-e_1,-mu*x_2],[0,c_y*x_2-e_y]),x_2=x; A3:matrix([(1-D)*c_1-e_1-2*c_1*x_3-mu*y_3,-mu*x_3],[c_y*y_3-y_3^2*c_y,c_y*x_3-e_y-2*c_y*x_3*y_3]),x_3=x,y_3=y; l1:radcan(eigenvalues(A1)); l2:radcan(eigenvalues(A2)),sol[2][1]; l3:radcan(eigenvalues(A3)),sol[3][1],sol[3][2]; l4:radcan(eigenvalues(A3)),sol[4][1],sol[4][2]; --> X:x,sol[3][1];Y:y,sol[3][2]; wxplot2d([X,Y], [D,0,1],[legend,"x","y"]); wxplot2d([l3[1][1],l3[1][2]], [D,0,1]); X:x,sol[4][1];Y:y,sol[4][2]; wxplot2d([X,Y], [D,0,1],[legend,"x","y"]); wxplot2d([l4[1][1],l4[1][2]], [D,0,1]);
Script para calcularmos os vetores em torno de cada ponto de equilíbrio, para que possamos fazer um rascunho do plano de fase.
Calculo de vetores para o rascunho do plano de fase com D=0.1: Jhordan Silveira de Borba --> D:0.1;c_1:0.1;e_1:0.025;e_y:0.015;mu:0.3;c_y:0.015; dx:(x*(c_1*(1-D)-mu*y)-c_1*x^2-e_1*x); dy:(y*(-e_y+c_y*x)-c_y*x*y^2); sol:(algsys([dx, dy], [x,y])),numer; B:matrix([u],[v]); A1:matrix([c_1*(1-D)-e_1,0],[0,-e_y]); A2:matrix([-2*c_1*x_2+(1-D)*c_1-e_1,-mu*x_2],[0,c_y*x_2-e_y]),x_2=x; C2:matrix([-c_1*x_2^2-e_1*x_2+(1-D)*x_2*c_1],[0]),x_2=x; A3:matrix([(1-D)*c_1-e_1-2*c_1*x_3-mu*y_3,-mu*x_3],[c_y*y_3-y_3^2*c_y,c_y*x_3-e_y-2*c_y*x_3*y_3]),x_3=x,y_3=y; C3:matrix([-mu*x_3*y_3-c_1*x_3^2-e_1*x_3+(1-D)*c_1*x_3],[c_y*x_3*y_3-y_3^2*c_y*x_3-e_y*y_3]),x_3=x,y_3=y; l1:radcan(eigenvalues(A1)),numer; l2:radcan(eigenvalues(A2)),sol[2][1],numer; l3:radcan(eigenvalues(A3)),sol[3][1],sol[3][2],numer; l4:radcan(eigenvalues(A3)),sol[4][1],sol[4][2],numer; --> radcan((A1.B)); radcan((A2.B)),sol[2][1]; radcan((A3.B)),sol[3][1],sol[3][2]; radcan((A3.B)),sol[4][1],sol[4][2];
Script em Python para plotar o rascunho do diagrama de fases, pode ser editado para visualizarmos só a vizinhança de cada ponto.
# -*- coding: utf-8 -*- # Modelo aprimorado de Levins para 2 espécies: Diagrama de fases # Jhordan Silveira de Borba # sbjhordan@gmail.com import matplotlib.pyplot as plt import numpy as np def phase_lot(): p1=[0.,0.] # Ponto de equilíbrio 1 p2=[0.65,0.] # Ponto de equilíbrio 2 p3=[-3.27,1.31] # Ponto de equilíbrio 3 p4=[0.92,-0.09] # Ponto de equilíbrio 4 X = np.arange(0,1, 0.1/2) # Eixo X Y = np.arange(0,1, 0.1/2) # Eixo Y U,V=np.meshgrid(X,Y) c=0 for x in X: l=0 for y in Y: #Distâncias d=[] d.append(np.sqrt((x-p1[0])*(x-p1[0])+(y-p1[1])*(y-p1[1]))) d.append(np.sqrt((x-p2[0])*(x-p2[0])+(y-p2[1])*(y-p2[1]))) d.append(np.sqrt((x-p3[0])*(x-p3[0])+(y-p3[1])*(y-p3[1]))) d.append(np.sqrt((x-p4[0])*(x-p4[0])+(y-p4[1])*(y-p4[1]))) for i in range(len(d)): if (min(d)==d[i]): p=i #Calculamos o vetor baseado no ponto mais próximo: if(p==0): u=x-p1[0] v=y-p1[1] a=(13*u)/200 b=-(3*v)/200 elif (p==1): u=x-p2[0] v=y-p2[1] a=-(70*v+23*u+25)/36 b=-(21*v)/40 elif(p==2): u=x-p3[0] v=y-p3[1] a=(285*v+80*u-5)/29 b=(11*v-10*u)/17 elif(p==3): u=x-p4[0] v=y-p4[1] a=-(47*v+15*u+12)/17 b=(20*v-21*u-66)/18 else: print("Algo deu errado") m=np.sqrt(a*a+b*b) # Módulo do vetor if(m==0): m=1 # Normalizamos e salvamos o vetor: [dx/dt,dy/dt]=[a,b] U[l,c]=a/m V[l,c]=b/m l=l+1 c=c+1 fig, ax = plt.subplots() ax.quiver(X, Y, U, V) plt.plot(p0[0],p0[1],'ko') #Plotamos o primeiro ponto de equilíbrio plt.plot(p1[0],p1[1],'ko') #Plotamos o segundo ponto de equilíbrio plt.plot(p3[0],p2[1],'ko') #Plotamos o terceiro ponto de equilíbrio plt.plot(p4[0],p3[1],'ko') #Plotamos o quarto ponto de equilíbrio plt.show()
Script em Python para analisar a evolução do sistema no espaço de fases, utilizando o método de Euler:
# -*- coding: utf-8 -*- # Modelo aprimorado de Levins para 2 espécies: evolução do sistema no espaçode estados # Jhordan Silveira de Borba # sbjhordan@gmail.com def phase2(): #Parâmetros c1=0.1 # Fator de colonização do guanaco cy=0.015 # Fator de colonização do puma e1=0.025 # Fator de extinção local do guanaco ey=0.015 # Fator de extinção local do puma u1=0.3 # Fator de predação do guanaco N=int(200000) # Duração da simulação d=0.01 # Tamanho do passo D=0.5 # Destruição do habitat p1=[0.,0.] # Ponto de equilíbrio 1 p2=[0.65,0.] # Ponto de equilíbrio 2 p3=[-3.26,1.30] # Ponto de equilíbrio 3 p4=[0.92,-0.09] # Ponto de equilíbrio 4 #Valores iniciais: init=[(0.4,0.4),(0.3,0.3),(0.05,0.05)] c=0 for it in init: x=[] y=[] x.append(it[0]) y.append(it[1]) for i in range(N-1): x.append(x[i]+d*(c1*x[i]*(1-D-x[i])-e1*x[i]-u1*x[i]*y[i])) y.append(y[i]+d*(cy*y[i]*(x[i]-y[i]*(x[i]))-ey*y[i])) if(c==0): plt.plot(x,y,'g-') plt.plot(it[0],it[1],'go') D=0.7 elif (c==1): plt.plot(x,y,'b-') plt.plot(it[0],it[1],'bo') D=0.95 else: plt.plot(x,y,'r-') plt.plot(it[0],it[1],'ro') c=c+1 plt.plot(p1[0],p1[1],'ko') plt.plot(p2[0],p2[1],'ko') plt.plot(p3[0],p3[1],'ko') plt.plot(p4[0],p4[1],'ko') plt.xlim(0,0.5) plt.ylim(0,0.5) plt.show()
Principal material utilizado
- Mathematical model of livestock and wildlife: Predationand competition under environmental disturbances (Fabiana Laguna e outros, Ecological Modelling)
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