Método Leapfrog

De Física Computacional
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O termo "leapfrog" é utilizado devido aos níveis de tempo presentes na sua derivação, que superam os níveis de tempo no termo derivado do espaço. O método requer que e sejam armazenados para calcular .

Dessa forma, em relação à equação de advecção, temos:

Esquema de Matsuno

Primeiramente, os valores aproximados de serão calculados utilizando o esquema avançado, representado pela equação:

Assim, esses valores aproximados são empregados em um esquema atrasado, o qual

substituindo valores dados pelo esquema avançado, com o subscrito substituído por , temos:

# Solução pelo método Leapfrog para equação de advecção

def Leapfrogad(L, tf, v, Nx, Nt):
    """
    Parâmetros:
    - L: comprimento
    - tf: tempo final
    - v: velocidade de propagação
    - Nx: número de pontos na direção espacial
    - Nt: número de pontos na direção temporal

    Retorna:
    - Matriz com a solução da equação da onda
    """

    dx = L / Nx
    dt = tf / Nt
    r = v * dt / dx
    u = np.zeros((Nt, Nx+1))

    # Condição inicial: u(x,0) = f(x)
    x = np.linspace(0, L, Nx+1)
    u[0, :] = 1 - np.cos(x)  # Função que descreve a perturbação da onda

    # Iteração no tempo
    for n in range(0, Nt - 1):
        for i in range(0, Nx+1):
            # Condições de contorno
            ip = i + 1 if i < Nx else 0  # índice i+1 (volta para 0 na borda)
            ia = i - 1 if i > 0 else Nx  # índice i-1 (volta para Nx na borda)

            u[n+1, i] = u[n, i] + (r/2) * (u[n, ip] - u[n, ia]) - (r/2)**2 * (u[n, (ip+1) % (Nx + 1)] - u[n, i] + u[n, (ia-1) % (Nx + 1)])

    return u

Ideia

  • Se i é igual a Nx, então ip = Nx+1 e (ip+1) % (Nx + 1) se torna (Nx + 2) % (Nx + 1), que é equivalente a 0. Da mesma forma, se i é igual a 0, então ia = -1 e (ia-1) % (Nx + 1) se torna Nx;
  • Quando i atinge o valor máximo Nx ou o valor mínimo 0, as expressões (ip+1) % (Nx + 1) e (ia-1) % (Nx + 1) garantem que os índices não ultrapassem os limites da matriz. O operador % (módulo) faz com que o índice retorne ao início (quando excede o limite superior) ou ao final (quando é menor que o limite inferior) da matriz.
# Parâmetros
L = 2*np.pi
tf =1
v = 1 # -1. muda direção de propagação
Nx = 100
Nt = 500

solv5 = Leapfrogad(L, tf, v, Nx, Nt)

listX = np.linspace(0, L, Nx+1)
listT = np.linspace(0, tf, Nt)

X, T = np.meshgrid(listX, listT)

plt.figure(figsize=(10, 6))
plt.pcolormesh(X, T, solv5, cmap='viridis', shading='auto')
plt.colorbar(label='Amplitude(u)')
plt.xlabel('Posição (x)')
plt.ylabel('Tempo (t)')
plt.title('Solução Leapfrog da Equação da advecção (1D)', fontsize=16)
plt.show()
Solução pelo método Leapfrog
# Teste: Plota todas as curvas amplitude por posição de todos os tempos:

for tt in range(len(listT-1)):
  amplitudes_tt = solv5[ tt,:]
  plt.plot(listX, amplitudes_tt)

plt.title('Amplitude em Função da Posição')
plt.xlabel('Posição (x)')
plt.ylabel('Amplitude (u)')
plt.legend()
plt.grid(True)
plt.show()
Solução pelo método Leapfrog

Como é possível observar ele tem um efeito do amortecimento. Deste modo, o esquema do Matsuno não parece conveniente para resolver a equação da advecção, pois impõe um amortecimento na solução numérica, que não é observada na solução analítica. [Projeto PAE – Bolsista Simone E. Teleginski Ferraz. pg 5]