Transição de fase em dinâmicas de avaliação

De Física Computacional
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Falência Coletiva de Empresas e Transição de fase em dinâmicas de avaliação

Introdução

Existem muitos riscos na atividade bancária. Neste trabalho foi investigado uma Dinâmica usada para estudar estes riscos. Poder lidar com esses riscos é importante para que a economia ao todo não seja afetada quando os piores cenários aconteçam. Um destes riscos que bancos tem, é o risco de Moratórias (Defaults). Uma moratória é definida como um estado em que um banco determina que um devedor não é mais capaz de pagar uma dívida sem com que o banco tome outras ações (p.e. estender o prazo de pagamento). Com isso em mente, um banco sempre precisa ter uma estimativa das suas perdas dado uma moratória para cada entidade capaz de gerar uma dívida [1]. Uma dessa entidades são empresas. Porém, empresas não são entidades independentes. Elas tem relações com outras empresas e isso pode torná-las dependentes uma das outras. Baseado em o quão forte for essa dependência, uma moratória em uma empresa pode levar a uma moratória em outra. Duas empresas que dependem do produto uma outra se veem em uma situação que se caso qualquer uma delas tenha dificuldade financeira, a outra irá sentir também e, no pior dos casos, pode acabar com dívidas também. Isso é chamado de moratórias em conjunto ou falência coletiva.

Dependências podem surgir de fontes diferentes e nem sempre será positiva. Empresas podem ter uma parceria de trocas, onde uma depende do que outra produz e a que produz depende da compra da outra. Essa dependência pode ser indireta, na forma de ambas dependendo de um mesmo recurso. Como ambas usam a mesma matéria prima, caso algo aconteça com essa matéria prima, ambas serão afetadas. Uma competição entre empresas também é uma dependência. A diferença é que quando uma empresa for afetada de forma negativa, a outra será afetada de forma positiva e vice-versa.

Nesse artigo foi utilizada uma dinâmica simples para identificar essas moratórias. Isso foi feito simulando essa interação entre empresas e criando uma avaliação da situação de cada uma delas. As mudanças nessas avaliações vão vir de duas fontes e com uma dinâmica desse tipo, veremos duas fases bem definidas no número de moratórias.

Referências

  1. Basel II: International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards: a Revised Framework, The Basel Committee for Banking Supervision, Basel (2004), http://www.bis.org/publ/bcbs107.htm