Global Wealth Report 2023

De Física Computacional
Revisão de 02h20min de 25 de outubro de 2023 por Jhordan (discussão | contribs)
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A UBS e a Credit Suiss elaboraram em conjunto um relatório sobre riqueza global no ano de 2022. Neste relatório, afirmam que esta é a fonte mais atualizada sobre a distribuição de riqueza no mundo, elaborada pelo maior gestor global de riqueza. É um relatório no qual o PDF possui pouco mais de 75 páginas e eu vou tentar até como um exercício de estudo resumi-lo.

Mantendo a estrutura do relatório, o primeiro capítulo trata do nível de riqueza global.

Em resumo houve uma queda tanto na riqueza global total quanto per capita, essa queda em grande parte pode ser atribuída pela relação entre o dólar e outras moedas. Os países que apresentaram um aumento de riqueza por domicílio têm como um dos motivos deste resultado o suporte financeiro fornecido pelo governo central. Em geral, países ricos que auxiliaram financeiramente a população se saíram melhor que países pobres sem condições de adotarem as mesmas medidas.

A inflação por sua vez tornou mais fácil que fosse atingido o limiar do milhão em dólares (ou seja, a formação de novos milionários) e também encorajou a conversão para ativos não financeiros. É interessante notar que o Brasil apresentou índices relativamente positivos sobre o último ano.

Fazendo alguns recortes de gênero, o relatório traz alguns dados sobre a população dos EUA que me chamam a atenção. Eu destaco dois deles: a mediana da riqueza da população negra é pouco mais de 10% em comparação com os brancos não-hispânicos, os hispânicos são 20% em relação à mesma população. Podemos assumir que o topo da pirâmide da distribuição de riquezas é constituído principalmente de homens brancos, uma vez que as mulheres também uma riqueza que é uma fração dos homens. Para recorte de gênero os dados são mais escassos, mas em geral as mulheres recebem apenas uma fração do que os homens, entre 65% e 80% nos países altos índices de riqueza, mas podendo chegar a 25% em algumas regiões.

Quando olhamos o recorte de gerações, é interessante notar que existe uma transferência de riqueza entre as gerações, onde as gerações mais velhas perdem riqueza ao passo que as mais novas ganham, um dos possíveis motivos é a transferência dentro da própria família.

A maior parte da crise financeira parece que atingiu em menor intensidade as minorias políticas, isso se deve ao fato que, por exemplo, quando olhamos a população hispânica, a maior parte da sua riqueza está na forma de riqueza não-financeira, isto é, seu próprio domicílio. Brancos que são o recorte da população que possuem tanto a maior riqueza média quanto mediana são o recorte que também possuem a maior parte da sua riqueza na forma de riqueza financeira.

Isso volta a se repetir ao longo do relatório, mas não só entre indivíduos, é visto também entre países, enquanto a base da pirâmide tem sua riqueza constituída principalmente de ativos não-financeiros (em grande parte a residência), o topo da pirâmide possui uma riqueza predominantemente financeira.

Antes de continuar talvez seja interessante definir alguns termos:

  • Riqueza: é definido como a soma dos ativos financeiros e não-financeiros, descontado as dívidas.
  • Riqueza financeira e não financeira: o primeiro consiste em ativos como ações e títulos, são ativos negociados em bolsas que podem ser comprados e vendidos em qualquer dia útil que a bolsa esteja aberta. O segundo consiste em ativos como casa ou veículo, são ativos mais difíceis de se vender pois necessita que o vendedor encontre um comprador em potencial e negocie um preço de venda.

O relatório também nomeia duas fatias da população: aqueles que têm um patrimônio líquido alto (High-net-worth ou HNW) e aqueles que têm um patrimônio líquido muito alto (Ultra-High-net-worth ou UHNW). Enquanto os primeiros são aqueles que têm um patrimônio entre 1 e 50 milhões de dólares, o segundo são os que possuem acima de 50 milhões.

Esse recorte mostra-se útil, pois o topo da pirâmide da distribuição de riqueza tem um comportamento particularmente diferente do resto da mesma. Como foi dito anteriormente, uma dessas características é a distribuição dos seus ativos, sendo predominantemente financeiro, enquanto o resto da população, principalmente em sua base, tem uma maior predominância de ativos não financeiros. Como consequência disso, crises financeiras atingem de forma diferente os dois grupos. Além disso, um maior patrimônio garante maior segurança e estabilidade para lidar com as crises, o que também resulta em diferentes estratégias e consequências.

Antes de continuar, gostaria de chamar a atenção para algumas observações pessoais. O relatório apesar de se basear em dados, também utiliza estimativas, nem tudo são dados, mas a distribuição das riquezas é feita também através de estimativas. A própria lista de bilionários da Forbes é utilizada para melhorar a estimativa dos milionários e produzir aquilo que o relatório considera como valores plausíveis para o padrão global no topo da pirâmide.

Além deste relatório que inclui discussão, existe o databook, com os dados brutos e uma melhor descrição das estimativas utilizadas. Isto pode interessar aqueles que queiram conhecer o relatório com mais detalhes. Mas arriscando deixar claro minha ignorância, eu não consigo deixar de lado um certo incômodo com algumas das métricas utilizadas. A própria diminuição da riqueza global é em grande parte consequência direta da relação das taxas de câmbio entre as moedas e não da produção ou destruição de bens ou serviços que podem ser usufruídos pela população já me levanta algumas questões sobre qual é a informação real que estamos obtendo através deste índice. A ideia de que eu sendo de dono de uma mesma casa por dois anos seguintes, minha riqueza pode aumentar em diminuir de acordo com a relação entre o real e o dólar, me parece uma camada de abstração na relação real entre as coisas e as pessoas que merecem um estudo mais aprofundado.

Da mesma forma, a definição de limites fixos definidos em dólar mundialmente me levanta questionamentos. O primeiro recorte que aparece é aqueles com riqueza abaixo de $10.000, e um dos últimos é o discutido anteriormente com riqueza superior a $1.000.000. Mas apesar de caírem no mesmo grupo, duas pessoas com o mesmo $50.000 no Brasil e nos EUA, me parece que não estão na mesma situação financeira. Como qualquer relatório e pesquisa, limitações são necessárias, mas chamo atenção para estas pois de certa forma, elas vão se retomar quando discutirmos a desigualdade no mundo.

A seção seguinte discute exatamente a distribuição de riqueza global.

Segundo os critérios adotados, o relatório conclui que a desigualdade diminuiu no último ano. Isto se deve principalmente ao crescimento de economias emergentes, com destaque para China e Índia. O motivo disto acontecer é exatamente pela posição em que ocupam na economia mundial, é uma desigualdade que diminui principalmente entre países.

Índia e China possuem uma população combinada de quase 3 bilhões, isso é quase metade da população do mundo, estes são países que historicamente eram pobres, a riqueza média e a mediana da população entra-se abaixo da média e mediana da população mundial. Então a partir do momento que a riqueza total destas populações começa a crescer, mesmo que a desigualdade interna não diminua, os valores absolutos da riqueza média e mediana destas nações vai crescer, se aproximando dos níveis mundiais, consequentemente contribuindo para uma diminuição da desigualdade a nível mundial. A partir do momento que estas nações ultrapassem a média mundial, podemos encontrar um cenário diferente. E aqui podemos observar que tudo isso pode acontecer sem que haja alteração na desigualdade interna destes países.

A desigualdade é reduzida a duas questões:

  • Quão longe o topo da pirâmide está da média?
  • Quão longe a base da pirâmide está da média?

Para responder estas questões, normalmente são empregados métricas como o coeficiente de Gini e a parcela da riqueza compartilhada pela parcela 1% mais rica da população (outros valores são tipicamente usados também, como 10%).

Podemos começar discutindo alguns números: a parte de baixo da pirâmide, onde os 52.5% mais pobres da população mundial possuem 1.2% apenas de toda riqueza no mundo. Essa base da pirâmide está espalhada em todo o mundo, mas com características diferentes em cada região. Em países pobres até 80% da população está nessa situação em caráter mais permanente, enquanto em países ricos apenas 30% encontra-se aqui, e muitas vezes em caráter transitório apenas.

Já sobre o outro extremo, os 1.1% mais ricos possuem 45.8% de toda riqueza mundial. Os 10% mais ricos possuem 81% da riqueza de todo o mundo. Destaca-se também que eles estão particularmente concentrados em algumas regiões e países. Também compartilham um mesmo estilo de vida e até mesmo de oportunidades, devido a sua boa condição financeira. Conforme discutido anteriormente, é uma parcela da população que tem sua riqueza concentrada principalmente em ativos financeiros.

É notável que os países também encontram-se em diferentes posições perante o sistema econômico internacional. Enquanto alguns países ocupam uma posição no topo concentrando a maior parte da população com as maiores riquezas no mundo, outros constituem a base concentrando principalmente a maior parte da população com um baixo nível de riqueza, formando assim uma periferia em torno dos países centrais.

Quanto à população mundial, é necessário ter $9.000 para estar entre os 50% mais ricos, 16x isso para estar entre os 10% mais ricos e 125x isso para estar entre os 1% mais ricos. Para termos de comparação, se convertermos cada dólar em uma dia de folga, $9.000 corresponde a aproximadamente 1 ano de férias, então quem está nos 10% mais ricos tem aproximadamente 16 anos de férias, e o 1% mais rico tem um pouco menos de 115 anos.

Sobre a desigualdade interna nos países, em geral temos que o 1% mais rico possui entre 30% e 35% do total, assim como os 10% mais ricos possuem entre 60 e 65%. Enquanto um Gini de 70 é relativamente baixo para a média mundial, um Gini acima de 80 é relativamente alto. A desigualdade aumentou em países com políticas liberalizantes e diminuiu na maior parte do mundo devido principalmente ao aumento da importância de ativos não financeiros devido à crise.

Matematicamente temos que mediana é um indicador melhor para entender quanto uma pessoa típica em um país tem.É um indicador melhor que a média, por isso a discussão constantemente volta-se para mediana da riqueza, e não para média. Porém existe uma relação entre a média e a mediana: uma vez que a média costuma ser maior que a mediana devido a distorção causada pela parcela mais rica da sociedade, conforme a mediana se aproxima da média, temos uma diminuição da desigualdade. Por isso a queda da desigualdade é alinhada com os anos em que a mediana está crescendo mais rápido do que a riqueza média.

Pessoas com riquezas próximas ao valor da mediana costumam possuir uma boa proporção de ativos não financeiros, e vão melhor quando estes ativos valorizam mais que ativos financeiros. São estes cidadãos que costumam morar em economias emergentes, com destaque novamente a China, onde conforme discutido previamente a riqueza tem crescido mais rápido que a média global causando a diminuição da desigualdade. Em um curto espaço de tempo, a valorização de ativos não financeiros podem fazer a mediana crescer mais rápido que a média.

Ainda sim, eu chamo a atenção que apesar da afirmação do relatório que a desigualdade está em queda, a variação tanto do Gini quanto da riqueza que o 1% mais rico possui entre 2000 e 2022 é em geral muito baixa. A maior variação registrada do Gini foi de 0.8% na China, e da riqueza compartilhada pelo 1% mais rico, foi de 1.9% também na China, nos dois casos, indicando um incremento na desigualdade. A nível mundial, o Gini e a riqueza compartilhada tanto pelo 5% quanto pelo 10% mais rico parecem ter uma tendência de queda nas últimas duas décadas. Mas não apenas é uma tendência leve onde dificilmente superou os 5% de queda nos últimos 22 anos, mas como o 1% mais rico apesar de estar abaixo dos anos 2000, parece estar oscilando, se está mais baixo que 20 anos atrás, está mais alto que a 10 anos atrás.

Em geral, o relatório aponta que houve um momento em direção a desigualdade em 2020 e em direção a igualdade em 2022, sendo 2021 um ano de transição, algo que novamente, na minha leitura, indica uma dinâmica de oscilação. Algo que chama a atenção no que se refere a desigualdade, é que mudanças na desigualdade, assim como na riqueza média e mediana, estão relacionadas a mudanças no preço dos ativos e em particular dos ativos financeiros, uma vez que conforme discutido, a parcela mais rica da sociedade prioriza seus investimentos nessa forma de ativo, diferentemente da base da pirâmide. Para a base da pirâmide, os ativos não financeiros são mais que o dobro da própria riqueza, que é equilibrada pela dívida.

O relatório também traz o dado de que o número de milionários sofreu uma queda no último ano, mas tem aumentado, e consequentemente, aumentado a parcela da riqueza total que está em posse dos milionários. Ele lista três critérios que afetam diretamente o número de pessoas milionárias em um país:

  • O tamanho da população adulta;
  • A riqueza média;
  • A desigualdade

Os EUA pontuam alto nos três critérios e é o país que concentra a maior parte dos milionários de forma indiscutível. Além disso, a inflação tem contribuído para o aumento da quantidade de milionários de maneira geral. Um último comentário que faço antes de avançar, é que se a queda na desigualdade reportada pelo relatório, segundo o mesmo, se dá em parte devido a crise financeira que aumentou o valor dos ativos não financeiros, a crise financeira poderia ser positiva a curto prazo para a base de pirâmide? Mas e a longo prazo, quais as consequências?

Concluindo nosso relatório sobre a riqueza global, há uma discussão sobre o panorama da riqueza, onde o relatório trata de tentar realizar uma previsão sobre o futuro da riqueza global.

É esperado que nos próximos 5 anos exista um crescimento da riqueza global, com destaque para os países com os menores níveis de riqueza em primeiro plano, e com as economias emergentes em segundo plano. O relatório também aqui define explicitamente países emergentes como países com uma riqueza intermediária.

O número de milionários também deve aumentar junto do crescimento da riqueza global, porém a projeção da inflação é algo bastante incerto. Entre as predições de alguns países selecionados, o que chama a atenção é a China. Pois em comparação com a história do crescimento da riqueza dos EUA, a China entre os anos 2000 e 2022 cresceu o equivalente a 80 anos da história dos EUA (entre 1925 e 2005). A projeção para os próximos 5 anos é que cresça o equivalente a mais 14 anos, chegando em 2027 com o equivalente a riqueza total dos EUA em 2019, apenas 8 anos atrás. Ainda que o seja esperado uma desaceleração no ritmo de crescimento da riqueza da China, não me parece que seria uma surpresa muito grande se nos 5 anos seguintes viesse a ultrapassá-lo.

Outro dado que chama atenção é a relação entre riquezas financeiras e não-financeiras. Historicamente elas parecem possuírem níveis similares. Desde 2008 a riqueza financeira tem crescido mais rápido que a não financeira, mas em 2022 as riquezas se encontram em níveis semelhantes a nível global após uma queda nos ativos financeiros.

A seção termina com os dados que indicam uma diminuição da população que se encontra no que é caracterizado como classe baixa (abaixo de $10.000), enquanto estas migram para os outros estratos sociais. Em parte pode-se discutir sobre a queda da desigualdade conforme discutimos anteriormente, lembrando do crescimento da riqueza total de países emergentes como China e Índia, mas o crescimento de milionários reflete não apenas que altas inflações tornam mai fácil passar o limiar de 1 milhão de dólares, mas também entendo que torna mais fácil ultrapassar o limiar dos outros grupos socioeconômicos também. Sem maiores dados, eu não posso afirmar que isso implique necessariamente em maior poder de compra ou melhora na qualidade de vida, ou seja, que este dado se reflete em efeitos positivos no bem-estar da população.

E chegamos então no último capítulo onde temos a discussão de experiências individuais, isto é, alguns países foram selecionados para que fossem discutidos individualmente. Para isso foi escolhido países que têm dados oficiais e dado preferência para países que cumpriam os requisitos determinados pelo relatório. Porém, alguns países que não satisfazem também foram incluídos por necessidade, como por exemplo o próprio Brasil. Não dá para avaliar experiências latino-americanas sem levar em conta a maior economia na região.

De maneira geral, a pandemia causou uma devastação na economia em 2020, que se recuperou fortemente em 2021 e gerou inflação em 2022. Isso decorre porque o setor público socorreu o setor privado para garantir um alívio durante a pandemia em 2020 e 2021 através de gastos governamentais, e em 2022 a relação alterada entre o setor público e privado começou a ser revertida. Devido a inflação os países aumentaram as taxas de juros, que tem por consequência diminuir o preço dos ativos financeiros, o que também conforme discutido anteriormente levou a uma diminuição de riquezas em muitos mercados, uma vez que o os países no topo da pirâmide tem grande parte da sua riqueza na forma riqueza financeira.

A avaliação individual dos diferentes países eu vou deixar para o leitor buscar se tiver interesse, acho que neste momento, as informações compiladas ali são de menor interesse quando comparado a questão da desigualdade de maneira global. Apenas vale comentar que a situação do Brasil nos 2022 é de aumento do coeficiente de Gini assim como da riqueza compartilhada pelo 1% mais rico da sociedade.

Mas antes de concluir eu queria trazer um questionamento sobre uma leitura constante no relatório de que a desigualdade no mundo tem uma tendência de queda desde o começo do milênio. Eu acho que essa é uma interpretação que traz um falso otimismo. Já foi discutido anteriormente sobre como isso é um reflexo da ascensão econômica de países emergentes, em especial China e Índia. Mas eu queria reforçar isso relembrando que esses números são mais notáveis quando comparamos a população do mundo inteiro como um grupo só, isto é, quando fazemos uma comparação entre as populações de diferentes países como se fosse uma única população. Temos que, por exemplo, um indivíduo considerado classe baixa na China está mais próximo da riqueza média mundial agora que no passado, mas não implica que necessariamente esteja mais próximo da riqueza média da própria China. Então eu queria também trazer os dados de uma forma diferente. Quando analisamos os diferentes países, o artigo destaca 14 países, há apenas 2 deles que apresentam uma queda na desigualdade nos dois índices adotados pelo relatório (Gini e a fatia de riqueza do 1% mais rico).

Os outros países apresentam uma queda na desigualdade no máximo em um dos dois índices. Além disso, 9 países apresentam um aumento no Gini, o mesmo número apresenta um aumento na riqueza do 1%. Quando olhamos para a situação mundial por região, a situação é similar: das 7 regiões separadas no relatório, 3 apresentam queda nos dois índices, é o mesmo número 3 apresentam um incremento nos dois índices, uma última região apresenta queda no Gini e aumento na fatia de riqueza do 1%. Por fim, se calcularmos a média do índice Gini entre as regiões ponderada pela população em cada região, temos um incremento de 0.19%, da mesma forma a fatia da riqueza compartilhada pelo 1% da população mais rica também teve um incremento de 0.36%. E mesmo quando olhamos as variações apontadas pelo próprio relatório, podemos notar que são variações bastante pequenas.

Desta forma, me parece que o cenário que os dados apontam não é convincente para interpretar como uma tendência significativa de queda na desigualdade. Eu gostaria de ver dados que explorassem melhor esta ideia antes de dar suporte a esta ideia.

Fonte:

  • [1](Global Wealth Report 2023)