Modelo de Blume-Capel bidimensional
Modelo de Ising
No contexto de transições de fase ferromagnéticas, um modelo muito simples, mas não trivial, que incorpora interações de curto alcance (vizinhos próximos) é o Modelo de Ising. Proposto em 1925 pelo físico alemão alemão Ernst Ising (1900-1998), possui o seguinte formato:
onde é uma variável aleatória que pode assumir os valores nos sítios de uma rede cristalina. O primeiro termo da soma, referente aos vizinhos próximos <i,j>, representa as energias de interação que devem dar origem a um estado ferromagnético (se J>0). Já o segundo termo, que representa a interação do sistema com um campo magnético externo H, é de caráter puramente paramagnético.
Pode-se interpretar as variáveis de spin de diferentes maneiras:
1.Componentes do spin dos átomos, na direção do campo externo, que podem "apontar para cima ou para baixo";
2.Como uma indicação de que o sítio i pode estar ocupado por um átomo de tipo A ou B;
3.Como um número de ocupação, que assinala a presença ou a ausência de uma molécula numa determinada célula de um "gás de rede".
A multiplicidade de interpretações permite inferir o caráter universal do modelo. Trata-se de um excelente ponto de partida para o estudo de modelos mais sofisticados.
A solução analítica, conforme demonstrado por Ising em 1925 para o caso unidimensional, passa inevitavelmente pelo cálculo da função de partição canônica,
cuja soma abrange todas as configurações. Na equação acima, . Para fins de simplificação, foi feita a suposição de que .
No equilíbrio termodinâmico, a uma temperatura T, a probabilidade de encontrar o sistema na configuração é
.
Outra função de estado particularmente relevante é a magnetização total, dada pela relação
.
Já a energia do sistema, bem como as variações desta, é calculada, naturalmente, através do hamiltoniano que descreve o modelo de Ising.
Modelo de Blume-Capel
Teste 1