Equação de Fitzhugh-Nagumo: mudanças entre as edições
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na qual os índices <math>i</math> e <math>j</math> se referem às coordenadas <math>x</math> e <math>y</math> respectivamente; e o índice <math>n</math> referente ao tempo. | na qual os índices <math>i</math> e <math>j</math> se referem às coordenadas <math>x</math> e <math>y</math> respectivamente; e o índice <math>n</math> referente ao tempo. | ||
Vamos verificar as condições de estabilidade do problema por modos de Fourier | Vamos verificar as condições de estabilidade do problema por modos de Fourier: | ||
*substituindo <math>v_{l,j}^{n} = A^{n}e^{i(xq_x +yq_y)} = A^{n}e^{i\beta}</math> | |||
*usando <math>k = \frac{D \Delta t}{(\Delta x)^2}</math> | |||
*por simplicidade, como fizemos na seção 3.1, vamos linearizar <math>f_{N l,j}^{n} \rightarrow -\alpha v_{l,j}^{n} =-\alpha A^{n}e^{i\beta}</math> | |||
*por fim, desconsiderar <math>\Delta t w_{l,j}^{n}</math> | |||
<math>A^{n+1}e^{i\beta} = A^{n}e^{i\beta} + kA^{n} \left[ e^{i((x-\Delta x)q_x +yq_y)} + e^{i((x+\Delta x)q_x +yq_y)} + e^{i(xq_x +(y-\Delta y)q_y)} + e^{i(xq_x +(y+\Delta y)q_y)} - 4 e^{i\beta}\right]</math> | <math>A^{n+1}e^{i\beta} = A^{n}e^{i\beta} + kA^{n} \left[ e^{i((x-\Delta x)q_x +yq_y)} + e^{i((x+\Delta x)q_x +yq_y)} + e^{i(xq_x +(y-\Delta y)q_y)} + e^{i(xq_x +(y+\Delta y)q_y)} - 4 e^{i\beta}\right]</math> |
Edição das 11h58min de 2 de abril de 2021
Grupo: Bernardo Boatini, Murilo Kessler Azambuja e Natália Ferrazzo
O objetivo deste trabalho é implementar e estudar a dinâmica do modelo FitzHungh-Nagumo, e das equações que o compõem, para potenciais de ação em células e tecidos excitáveis. Os métodos computacionais utilizado para resolver os problemas e implementar o modelo foi o FTCS (Forward Time Centered Space) e o método de Crank-Nicolson.
Potencial de Ação em Neurônios
A células vivas são sistemas eletricamente sensíveis, ou seja, podem reagir a estímulos elétricos. Isso se dá devido ao fato de que substâncias carregadas estão naturalmente vinculadas a seus processos internos de interação com o ambiente, principalmente por intermédio de canais iônicos e proteínas transmebrana como, por exemplo, a Bomba de Sódio e Potássio(Bomba Na⁺/K⁺ ATPase)[1].
Naturalmente todas as células vivas possuem um potencial de repouso(PR) elétrico, ou seja, uma diferença de potencial elétrico, em relação ao meio(cerca de 0,1); mantida por um equilíbrio químico de concentração de íons dentro e fora da membrana plasmática.
Existem células que reagem estímulos elétricos apenas reestabelecendo o PR original por transporte passivo(sem gasto de energia) através da membrana, e estas são ditas células não-excitáveis.
Por outro lado, existem células que sob a ação do mesmo estímulo produzem um tipo de resposta bem característica: potencial de ação(PA); um pulso elétrico intenso(capaz de inverter a polarização do Potencial de Membrana) que se propaga ao longo da membrana da célula, sustentado por uma cadeia de transportes ativos(com gasto de energia) e que não decai ao longo do tempo e espaço; a esse tipo de células damos o nome de excitáveis[1].
Os Neurônios são as células excitáveis do tecido nervoso(que constituem o encéfalo e medula espinhal, gânglios e nervos do reino animal) e com já vimos são capazes de gerar PA. Um potencial de ação pode assumir diversos formatos, mas ao longo do axônio(Figura 1) de um neurônio eles tendem a uma curva como a da Figura 2.
Olhando para Figura 2 vemos alguns aspectos importantes:
- O potencial de ação necessita de um estímulo mínimo(limiar) para ser ativado, abaixo desse valor o estímulo decai como em uma célula não excitável;
- Acima desse limiar a célula segue o principio de "Tudo ou Nada", ou seja, assume o valor máximo possivel dentro de sua capacidade, independente do estímulo aplicado;
- A etapa de despolarização(crescimento) é brusca e varia mais rapidamente que a repolarização(decaimento);
- O período que contém a repolarização e hiperpolarização da membrana é chamado período refratário, e se caracteriza por não permitir que ocorra nenhum disparo até que a membrana atinja o potencial de repouso.
Modelo
Equação de Nagumo
Para iniciar a modelagem do sistema, devemos antes enfatizar três condições básicas que o potencial deve obedecer para que seja um PA:
- Deve existir um limiar de voltagem para que um estímulo desencadeie o PA;
- Uma vez atingido o limiar, a voltagem deve aumentar até o máximo possível;
- Caso o estímulo não atinja o limiar, ele deve desaparecer rapidamente.
Podemos então definir como a variável normalizada que fará o papel do potencial elétrico no axônio, sendo que é definido como o potencial de repouso, é o estímulo máximo e é o limiar de voltagem . Desta forma podemos escrever as condições acima como
Pode-se dizer que estas condições impõem que e sejam pontos de equilíbrio estável, enquanto seja um ponto de equilíbrio instável.
Assim, a variação temporal do potencial elétrico na célula pode ser dada por
Onde é alguma função que faz satisfazer as condições do potencial.
No modelo de Nagumo, utiliza-se o polinômio de terceiro grau .
Substituindo em , é fácil notar que , e são pontos de equilíbrio de . Por outro lado, como podemos ver na Figura 3, se , temos que logo o valor de diminui até atingir o ponto de equilíbrio em . Se fazendo o potencial crescer até atingir o valor máximo em . Desta forma, temos que e são pontos de equilíbrio estável, enquanto que é um ponto de equilíbrio instável, assim como se esperava pelas condições do potencial.
Em outras palavras, vemos o caráter "tudo ou nada" do potencial quando utilizamos o polinômio . Se o valor do estímulo inicial se encontrar entre e , o estímulo desaparece, porém se o estímulo inicial estiver entre e , o estímulo é amplificado até o valor máximo. Entretanto, neste modelo inicial o PA não é propagado por todo axônio, ele atua apenas localmente, onde ocorreu o estímulo. Além disso, uma vez estimulado o neurônio nunca volta para o seu estado de repouso, permanecendo no valor máximo de potencial.
Equação de Nagumo difusiva
Para resolver o problema do modelo
Método de Crank-Nicolson
(explicar o método --> Natália)
Equação de Nagumo Difusiva 1D
(aplicar o método na equação e testar estabilidade --> Natália)
Método FTCS
(explicar o método --> Murilo)
Equação de Recuperação 1D
(aplicar o método na equação e testar estabilidade --> Murilo))
Modelo FitzHung-Nagumo 2D
(aplicar o método na equação e testar estabilidade --> Bernardo)
O sistema de EDP's em 2 dimensões, assumindo uma difusão isotrópica, é dado por
Como a equação de recuperação já foi discretizada, e não depende da dimensão do problema, precisamos apenas aplicar o FTCS na equação difusiva de naumo em 2D, assumindo , temos
na qual os índices e se referem às coordenadas e respectivamente; e o índice referente ao tempo.
Vamos verificar as condições de estabilidade do problema por modos de Fourier:
- substituindo
- usando
- por simplicidade, como fizemos na seção 3.1, vamos linearizar
- por fim, desconsiderar
Resultados
Equação de Nagumo Difusiva 1D
(explicar os testes e os gráficos/animações --> Natália)
Modelo FitzHung-Nagumo 1D
(explicar os testes e os gráficos/animações --> Murilo)
Modelo FitzHung-Nagumo 2D
(explicar os testes e os gráficos/animações --> Bernardo)
Discussão
(Contextualizar resultados --> Bernardo)
Programas
Referências
- 1. Jorge A. Quillfeldt,"ORIGEM DOS POTENCIAIS ELÉTRICOS DAS CÉLULAS NERVOSAS"
- 2. Eugene M. Izhikevich and Richard FitzHugh, "FitzHugh-Nagumo model"
- 3. Gabriel Perry Natanni Garcia, "NUMERICAL SIMULATION OF THE NAGUMO EQUATION BY FINITE DIFFERENCEMETHOD"
- 4. Binbin Xu, Stéphane Binczak, Sabir Jacquir, Oriol Pont, Hussein Yahia "Parameters Analysis of FitzHugh-Nagumo Model for a Reliable Simulation"