Equação de Klein-Gordon: mudanças entre as edições

De Física Computacional
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<math> \phi_j^n = e^{i(k j \Delta x - \omega n \Delta t)}, </math>
<math> \phi_j^n = e^{i(k j \Delta x - \omega n \Delta t)}, </math>


onde <math>k</math> é o número de onda e <math>\omega</math> é a frequência angular. Substituindo essa expressão na equação discreta e usando as propriedades das exponenciais complexas, temos:
onde <math>k</math> é o número de onda e <math>\omega</math> é a frequência angular.  
 
Substituindo essa expressão na equação discreta e usando as propriedades das exponenciais complexas, temos:
<math> \frac{e^{-i\omega \Delta t} - 2 + e^{i\omega \Delta t}}{\Delta t^2} = \frac{c^2}{\Delta x^2} \left(e^{ik \Delta x} - 2 + e^{-ik \Delta x}\right) - \frac{m^2 c^4}{\hbar^2}. </math>
<math> \frac{e^{-i\omega \Delta t} - 2 + e^{i\omega \Delta t}}{\Delta t^2} = \frac{c^2}{\Delta x^2} \left(e^{ik \Delta x} - 2 + e^{-ik \Delta x}\right) - \frac{m^2 c^4}{\hbar^2}. </math>



Edição das 10h55min de 7 de janeiro de 2025

INTRODUÇÃO

A equação de Klein-Gordon é uma das equações fundamentais na teoria quântica relativística. Ela descreve partículas escalares (partículas sem spin, como os mésons, em seu modelo básico) e é uma extensão relativística da equação de Schrödinger, incorporando a relação de energia relativística de Einstein . A equação é nomeada em homenagem a Oskar Klein e Walter Gordon, que a formularam independentemente. De maneira geral, a equação pode ser escrita como:


onde é chamado operador de d'Alambert.

Abrindo a equação, é obtido:

(em uma dimensão)

MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS

O método das diferenças finitas é uma técnica numérica amplamente utilizada para resolver EDPs. Ele envolve a discretização das variáveis contínuas (geralmente no tempo ou no espaço), transformando as equações diferenciais em sistemas algébricos que podem ser resolvidos numericamente. Os primeiros passos para utilizar o método é fazer a discretização no tempo e no espaço. Para uma equação no tempo você discretiza o tempo em intervalos criando uma sequência de pontos . Para uma equação no espaço você discretiza o espaço em intervalos criando uma sequência de pontos . Depois de discretizar o espaço e o tempo, as derivadas contínuas são aproximadas por diferenças finitas. Isso envolve substituir as derivadas por aproximações baseadas nos valores de uma função nos pontos discretos:

e para o tempo.

para o espaço.

Na equação de Klein-Gordon, escrevemos desta o método das diferenças finitas:

ou seja:

isso nos leva a equação final:

chamarei e

portanto,

ou, mais usualmente:

ESTABILIDADE ta errado, estou testando outras coisas

Para analisar a estabilidade do método utilizaremos os Modos de Furrier.

.


sendo o Modo de Furrier.


Substituímos , e na equação:

Usamos a identidade :

Fatoramos:

A relação de recorrência é:

onde

.

Definimos como sendo o fator de amplificação. Assim, a equação fica

Dividindo tudo por  :

Portanto, a equação característica associada é:

onde são as raízes que representam o fator de amplificação .

Para que o método seja estável, as raízes devem satisfazer . Isso é garantido se o discriminante da equação característica satisfizer:

.

Substituímos :

.

O caso crítico ocorre para o maior valor de , que é , e o menor valor, :

:

.

Isso simplifica para:

Para estabilidade:

.

.

Para :

.

.

Ou seja, para que seja estável:

.

Após expandir:

.

A condição de estabilidade combinada é:

e .

Essas desigualdades controlam os passos de tempo e espaço, garantindo a estabilidade do método.



CRITÉRIO DE ESTABILIDADE

Para analisar a estabilidade, considera-se uma solução modal da forma:

onde é o número de onda e é a frequência angular.

Substituindo essa expressão na equação discreta e usando as propriedades das exponenciais complexas, temos:

Utilizando identidades trigonométricas para simplificar, a equação se torna:

Multiplicando por , obtemos: Critério de Estabilidade

A condição de estabilidade exige que seja real e menor ou igual a 1. Isso leva à restrição:

Logo, o passo temporal deve satisfazer:

No limite de (ondas livres), a condição reduz-se ao critério CFL clássico

C.C e C.I

Condições iniciais e condições de contorno são fundamentais para a resolução da equação, já que elas ditam o comportamento da função oa longo do tempo e ao longo do espaço, para plotar a evolução temporal, utilizarei as seguintes condilções iniciais e de contorno:

que define um pulso gaussiano como condição inicial.

e que define que, no instante de tempo t=0, a função não possui velocidade inicial, o que implica que o pulso está parado inicialmente e sua evolução se deve pela propagação de flutuações espaciais.

Nesta condição, A é a altura do pulso, é a posição central do pulso e é a largura do pulso.

Utilizarei também as condições de contorno em que e o que garante que a função 'morra' nas pontas.

Utilizando estas condições iniciais e condições de contorno, foi feito um gif que mostra a evolução temporal da equação de Klein-Gordon utilizando o método das diferenças finitas:

Klein 2.gif