Grupo4 - FFT: mudanças entre as edições
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A transformada também pode ser expressa em forma vetorial, como | A transformada também pode ser expressa em forma vetorial, como | ||
<math>\vec{F} = \mathbf{ | <math>\vec{F} = \mathbf{W^{nk}} \vec{f}</math> onde <math>\mathbf{W^{nk}}</math> é definido como | ||
<math>\mathbf{ | <math>\mathbf{W^{nk}} = \begin{bmatrix} | ||
e^{-2\pi i 0\cdot0/N} & e^{-2\pi i 0\cdot1/N} & \cdots & e^{-2\pi i 0\cdot k/N}\\ | e^{-2\pi i 0\cdot0/N} & e^{-2\pi i 0\cdot1/N} & \cdots & e^{-2\pi i 0\cdot k/N}\\ | ||
e^{-2\pi i 1\cdot0/N} & e^{-2\pi i 1\cdot1/N} & \cdots & e^{-2\pi i 1\cdot k/N}\\ | e^{-2\pi i 1\cdot0/N} & e^{-2\pi i 1\cdot1/N} & \cdots & e^{-2\pi i 1\cdot k/N}\\ | ||
Linha 31: | Linha 31: | ||
É possível calcular a transformada com <math>N log N</math> passos. Para isso se dispõe de um algoritmo chamado '''Transformada Rápida de Fourier'''. | É possível calcular a transformada com <math>N log N</math> passos. Para isso se dispõe de um algoritmo chamado '''Transformada Rápida de Fourier'''. | ||
Considera-se um conjunto de pontos <math>N = 2^p</math> (com <math>p</math> inteiro, então, da definição da DFT | |||
<math> | <math> | ||
F_k =\sum_{n=0}^{N-1} f_n \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N}\cdot k\cdot n} | F_k =\sum_{n=0}^{N-1} f_n \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N}\cdot k\cdot n} | ||
</ | </math> | ||
podemos dividir o somatório em 2: | |||
\color{black}F_k =\color{red}\sum_{n=0}^{N/2-1} f_{2n} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} \color{black}+ \color{blue}e^{-i\frac{2\pi}{N}k} \sum_{n=0}^{N/2-1} f_{2n+1} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} | <math> | ||
</math><math> | F_k =\color{red}\sum_{n=0}^{N/2-1} f_{2n} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N}\cdot k\cdot 2n} \color{black}+ \color{blue}\sum_{n=0}^{N/2-1} f_{2n+1} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N}\cdot k\cdot (2n+1)} | ||
</math> | |||
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\color{black}F_k =\color{red}\sum_{n=0}^{N/2-1} f_{2n} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} \color{black}+ \color{blue}e^{-i\frac{2\pi}{N}k} \sum_{n=0}^{N/2-1} f_{2n+1} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} | |||
</math> | |||
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\color{black}F_k =\color{red}\sum_{n=0}^{N/2-1} f_{2n} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} \color{black}+ \color{blue}~ C(k) ~ \sum_{n=0}^{N/2-1} f_{2n+1} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} | \color{black}F_k =\color{red}\sum_{n=0}^{N/2-1} f_{2n} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} \color{black}+ \color{blue}~ C(k) ~ \sum_{n=0}^{N/2-1} f_{2n+1} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} | ||
</math> | </math> | ||
onde a soma em vermelho é a parte '''par''' e a soma em azul é a parte '''ímpar''' da transformada. As duas somas tem o mesmo expoente, que agora é dividido por <math>N/2</math>. | |||
Desse expoente, é evidente a relação entre o ponto <math>k</math> e o ponto <math>k + N/2</math> | |||
<math>e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} = e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot (k+N/2)\cdot n} = e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} \cdot e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot N/2\cdot n} = e^{-i \frac{2 \pi}{N/2}\cdot k\cdot n} \cdot 1</math> | |||
Com essa relação, podemos ver que <math>F_k</math> e <math>F_{k+N/2}</math> tem o mesmo expoente e podem ser calculadas ao mesmo tempo. Mais que isso, a nova forma da transformada pode ser sucessivamente dividida, cada vez produzindo somas com limites menores. | |||
=== Exemplo === | |||
Suponha que temos a função sinusoidal <math>a(t) = sin(2\pi \cdot 1Hz \cdot t)</math> e fazemos quatro medidas no intervalo de 1 segundo, resultando em | |||
<math>a_0 = 0.00</math> | |||
<math>a_1 = 1.00</math> | |||
<math>a_2 = 0.00</math> | |||
<math>a_3 = -1.00</math> | |||
Com essas 4 medidas, podemos dividir a soma 2 vezes: | |||
<math>\tilde{a_k} = \sum_{t=0}^3 a_t \cdot e^{-i \frac{2\pi}{4}\cdot k \cdot t}</math> | |||
<math>\tilde{a_k} = \sum_{t_1=0}^1 a_{2t_1} \cdot e^{-i \frac{2\pi}{2}\cdot k \cdot t_1} + C_k^1\sum_{t_1=0}^1 a_{2t_1+1} \cdot e^{-i \frac{2\pi}{2}\cdot k \cdot t_1}</math> | |||
<math>\tilde{a_k} = \sum_{t_2=0}^0 a_{4t_2} \cdot e^{-i \frac{2\pi}{1}\cdot k \cdot t_2} + C_k^2\sum_{t_2=0}^0 a_{4t_2+2} \cdot e^{-i \frac{2\pi}{1}\cdot k \cdot t_2} + C_k^1\sum_{t_2=0}^0 a_{4t_2+1} \cdot e^{-i \frac{2\pi}{1}\cdot k \cdot t_2} + C_k^3\sum_{t_2=0}^0 a_{4t_2+3} \cdot e^{-i \frac{2\pi}{1}\cdot k \cdot t_2}</math> | |||
e como temos <math>C_k^j = (e^{-i\frac{2\pi}{N}k})^j</math> podemos calcular | |||
<math>\tilde{a_0} = 1.00 \cdot C_0^1 - 1.00 \cdot C_0^3 = 0.00 + i0.00</math> | |||
<math>\tilde{a_1} = 1.00 \cdot C_1^1 - 1.00 \cdot C_1^3 = 0.00 - i2.00</math> | |||
<math>\tilde{a_2} = 1.00 \cdot C_2^1 - 1.00 \cdot C_2^3 = 0.00 + i0.00</math> | |||
<math>\tilde{a_3} = 1.00 \cdot C_3^1 - 1.00 \cdot C_3^3 = 0.00 + i2.00</math> |
Edição das 21h53min de 22 de outubro de 2017
A Transformada rápida de Fourier (em inglês Fast Fourier Transform, ou FFT) é um algoritmo que torna o cálculo da Transformada Discreta de Fourier (DFT) viável para a maior parte das aplicações.
Transformada Discreta de Fourier
Em muitas aplicações se tem informação sobre um conjunto de dados, ao invés de uma função contínua. A Transformada Discreta de Fourier transforma esse conjunto de dados em um conjunto de tamanho igual com informação sobre as frequências da função que satisfaz o conjunto de dados.
Para um conjunto de dados igualmente espaçados, pode-se, ao considerar os dados como um período de uma função periódica, cujo período normalmente é considerado entre para facilitar o cálculo (e que pode sempre ser transformada em uma função nesse interválo), mostrar que a transformada discreta de Fourier pode ser dada pela equação:
A sua inversa é, em paralelo ao caso da transformada contínua,
A transformada também pode ser expressa em forma vetorial, como
onde é definido como
O cálculo dessa expressão leva em torno de passos para o resultado. Uma amostra com 3,000 pontos precisa de 9,000,000 operações para a transformada ser obtida, tornando a DFT inviável para aplicações rápidas.
Transformada Rápida de Fourier
É possível calcular a transformada com passos. Para isso se dispõe de um algoritmo chamado Transformada Rápida de Fourier. Considera-se um conjunto de pontos (com inteiro, então, da definição da DFT
podemos dividir o somatório em 2:
onde a soma em vermelho é a parte par e a soma em azul é a parte ímpar da transformada. As duas somas tem o mesmo expoente, que agora é dividido por . Desse expoente, é evidente a relação entre o ponto e o ponto
Com essa relação, podemos ver que e tem o mesmo expoente e podem ser calculadas ao mesmo tempo. Mais que isso, a nova forma da transformada pode ser sucessivamente dividida, cada vez produzindo somas com limites menores.
Exemplo
Suponha que temos a função sinusoidal e fazemos quatro medidas no intervalo de 1 segundo, resultando em
Com essas 4 medidas, podemos dividir a soma 2 vezes:
e como temos podemos calcular