Equação de Klein-Gordon: mudanças entre as edições
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Forma Contínua e Discretização: A equação de Klein-Gordon contínua é: <math> \frac{\partial^2 \psi}{\partial t^2} = c^2 \frac{\partial^2 \psi}{\partial x^2} - \frac{m^2 c^4}{\hbar^2} \psi. </math> | |||
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A forma discreta, usando diferenças finitas centralizadas no tempo e no espaço, é: <math> \psi_i^{n+1} = 2 \psi_i^n - \psi_i^{n-1} + \frac{c^2 \Delta t^2}{\Delta x^2} (\psi_{i+1}^n - 2 \psi_i^n + \psi_{i-1}^n) - \frac{m^2 c^4 \Delta t^2}{\hbar^2} \psi_i^n. </math> Aqui, definimos os coeficientes: <math> \alpha = \frac{c \Delta t}{\Delta x}, \quad \beta = \frac{m c^2 \Delta t}{\hbar}. </math> | |||
Suposição de Solução Harmônica: Substituímos uma solução da forma: <math> \psi_i^n = G^n e^{i k x_i}, </math> onde: | |||
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<math> | na equação: <math> G^{n+1} e^{i k x_i} = 2 G^n e^{i k x_i} - G^{n-1} e^{i k x_i} + \alpha^2 G^n \left(e^{i k x_{i+1}} - 2 e^{i k x_i} + e^{i k x_{i-1}}\right) - \beta^2 G^n e^{i k x_i}. </math> | ||
Simplificação: | |||
Como <math> e^{i k x_{i+1}} = e^{i k x_i} e^{i k \Delta x} </math> e <math> e^{i k x_{i-1}} = e^{i k x_i} e^{-i k \Delta x} </math>, o termo centralizado se torna: <math> e^{i k x_{i+1}} - 2 e^{i k x_i} + e^{i k x_{i-1}} = e^{i k x_i} \left(e^{i k \Delta x} - 2 + e^{-i k \Delta x}\right). </math> | |||
<math> | Usando <math> e^{i k \Delta x} + e^{-i k \Delta x} = 2 \cos(k \Delta x) </math>, temos: <math> e^{i k x_{i+1}} - 2 e^{i k x_i} + e^{i k x_{i-1}} = e^{i k x_i} \left(-2 + 2 \cos(k \Delta x)\right). </math> | ||
Substituímos isso na equação e cancelamos o fator <math> e^{i k x_i} </math>, que nunca é zero: <math> G^{n+1} = 2 G^n - G^{n-1} - \alpha^2 (2 - 2 \cos(k \Delta x)) G^n - \beta^2 G^n. </math> | |||
Simplificando mais, obtemos: <math> G^{n+1} = (2 - \alpha^2 (2 - 2 \cos(k \Delta x)) - \beta^2) G^n - G^{n-1}. </math> | |||
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Equação Característica: Assumimos uma solução da forma <math> G^n = G^n </math> e obtemos uma equação quadrática para <math> G </math>: <math> G^2 - G \left(2 - \alpha^2 (2 - 2 \cos(k \Delta x)) - \beta^2 \right) + 1 = 0. </math> | |||
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Condição de Estabilidade: Para estabilidade, as raízes de <math> G </math> devem satisfazer <math> |G| \leq 1 </math>. Isso leva ao critério: <math> \alpha \leq 1, \quad \text{ou seja,} \quad \frac{c \Delta t}{\Delta x} \leq 1. </math> | |||
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Conclusão Matemática | |||
A condição <math> \alpha \leq 1 </math> garante que os termos oscilatórios na solução não crescem exponencialmente. Essa análise também mostra que: | |||
<math> \Delta t | Quanto menor o passo de tempo <math> \Delta t </math>, mais precisa e estável é a solução. | ||
A relação entre os passos de tempo e espaço é crucial: aumentar muito <math> \Delta t </math> sem ajustar <math> \Delta x </math> pode levar à instabilidade. | |||
== C.C e C.I == | == C.C e C.I == |
Edição das 21h23min de 7 de janeiro de 2025
INTRODUÇÃO
A equação de Klein-Gordon é uma das equações fundamentais na teoria quântica relativística. Ela descreve partículas escalares (partículas sem spin, como os mésons, em seu modelo básico) e é uma extensão relativística da equação de Schrödinger, incorporando a relação de energia relativística de Einstein . A equação é nomeada em homenagem a Oskar Klein e Walter Gordon, que a formularam independentemente. De maneira geral, a equação pode ser escrita como:
onde é chamado operador de d'Alambert.
Abrindo a equação, é obtido:
(em uma dimensão)
MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS
O método das diferenças finitas é uma técnica numérica amplamente utilizada para resolver EDPs. Ele envolve a discretização das variáveis contínuas (geralmente no tempo ou no espaço), transformando as equações diferenciais em sistemas algébricos que podem ser resolvidos numericamente. Os primeiros passos para utilizar o método é fazer a discretização no tempo e no espaço. Para uma equação no tempo você discretiza o tempo em intervalos criando uma sequência de pontos . Para uma equação no espaço você discretiza o espaço em intervalos criando uma sequência de pontos . Depois de discretizar o espaço e o tempo, as derivadas contínuas são aproximadas por diferenças finitas. Isso envolve substituir as derivadas por aproximações baseadas nos valores de uma função nos pontos discretos:
e para o tempo.
para o espaço.
Na equação de Klein-Gordon, escrevemos desta o método das diferenças finitas:
ou seja:
isso nos leva a equação final:
chamarei e
portanto,
ou, mais usualmente:
ESTABILIDADE ta errado, estou testando outras coisas
Para analisar a estabilidade do método utilizaremos os Modos de Furrier.
.
sendo o Modo de Furrier.
Substituímos , e na equação:
Usamos a identidade :
Fatoramos:
A relação de recorrência é:
onde
.
Definimos como sendo o fator de amplificação. Assim, a equação fica
Dividindo tudo por :
Portanto, a equação característica associada é:
onde são as raízes que representam o fator de amplificação .
Para que o método seja estável, as raízes devem satisfazer . Isso é garantido se o discriminante da equação característica satisfizer:
.
Substituímos :
.
O caso crítico ocorre para o maior valor de , que é , e o menor valor, :
:
.
Isso simplifica para:
Para estabilidade:
.
.
Para :
.
.
Ou seja, para que seja estável:
.
Após expandir:
.
A condição de estabilidade combinada é:
e .
Essas desigualdades controlam os passos de tempo e espaço, garantindo a estabilidade do método.
CRITÉRIO DE ESTABILIDADE
Forma Contínua e Discretização: A equação de Klein-Gordon contínua é:
A forma discreta, usando diferenças finitas centralizadas no tempo e no espaço, é: Aqui, definimos os coeficientes:
Suposição de Solução Harmônica: Substituímos uma solução da forma: onde:
na equação:
Simplificação:
Como e , o termo centralizado se torna: Usando , temos: Substituímos isso na equação e cancelamos o fator , que nunca é zero:
Simplificando mais, obtemos:
Equação Característica: Assumimos uma solução da forma e obtemos uma equação quadrática para :
Condição de Estabilidade: Para estabilidade, as raízes de devem satisfazer . Isso leva ao critério:
Conclusão Matemática A condição garante que os termos oscilatórios na solução não crescem exponencialmente. Essa análise também mostra que:
Quanto menor o passo de tempo , mais precisa e estável é a solução. A relação entre os passos de tempo e espaço é crucial: aumentar muito sem ajustar pode levar à instabilidade.
C.C e C.I
Condições iniciais e condições de contorno são fundamentais para a resolução da equação, já que elas ditam o comportamento da função oa longo do tempo e ao longo do espaço, para plotar a evolução temporal, utilizarei as seguintes condilções iniciais e de contorno:
que define um pulso gaussiano como condição inicial.
e que define que, no instante de tempo t=0, a função não possui velocidade inicial, o que implica que o pulso está parado inicialmente e sua evolução se deve pela propagação de flutuações espaciais.
Nesta condição, A é a altura do pulso, é a posição central do pulso e é a largura do pulso.
Utilizarei também as condições de contorno em que e o que garante que a função 'morra' nas pontas.
Utilizando estas condições iniciais e condições de contorno, foi feito um gif que mostra a evolução temporal da equação de Klein-Gordon utilizando o método das diferenças finitas: