Equação de Klein-Gordon: mudanças entre as edições

De Física Computacional
Ir para navegação Ir para pesquisar
 
(25 revisões intermediárias por 3 usuários não estão sendo mostradas)
Linha 1: Linha 1:
== INTRODUÇÃO ==
== INTRODUÇÃO ==
A equação de Klein-Gordon é uma das equações fundamentais na teoria quântica relativística. Ela descreve partículas escalares (partículas sem spin, como os mésons, em seu modelo básico) e é uma extensão relativística da equação de Schrödinger, incorporando a relação de energia relativística de Einstein <math>E=p^2c^2 + m^2c^4 </math>. A equação é nomeada em homenagem a Oskar Klein e Walter Gordon, que a formularam independentemente. De maneira geral, a equação pode ser escrita como:
A equação de Klein-Gordon é uma das equações fundamentais na teoria quântica relativística. Ela descreve partículas escalares (partículas sem spin, como os bósons de Higgs) e é uma extensão relativística da equação de Schrödinger, incorporando a relação de energia relativística de Einstein <math>E=p^2c^2 + m^2c^4 </math>. A equação é nomeada em homenagem a Oskar Klein e Walter Gordon, que a formularam independentemente. De maneira geral, a equação pode ser escrita como:




Linha 12: Linha 12:


<math> \frac{\partial^2 \psi}{\partial t^2} = c^2 \frac{\partial^2\psi}{\partial x^2} - \frac{m^2 c^4}{\hbar^2} \psi</math> (em uma dimensão)
<math> \frac{\partial^2 \psi}{\partial t^2} = c^2 \frac{\partial^2\psi}{\partial x^2} - \frac{m^2 c^4}{\hbar^2} \psi</math> (em uma dimensão)
Inicialmente, a equação pode ser interpretada como uma equação de um campo escalar que pode ser quantizado, onde é introduzido um campo quantico que é descrito por partículas sem spin. No reino da física de partículas, as interações eletromagnéticas podem ser incorporadas formando o tópico da eletrodinâmica escalar, por exemplo. Entretando, a solução da equação não pode ser interpretada diretamente como a densidade de probabilidade vista na equação de Schrodinger, em vez disso, a densidade de probabilidade relativística é definida usando uma corrente de probabilidade associada. Na mecânica quântica relativística, a função de onda <math> \psi(x,t) </math> é usada para descrever o estado de uma partícula no espaço-tempo.


== MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS ==
== MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS ==
Linha 41: Linha 43:


ou, mais usualmente: <math>\psi_i^{n+1}  =  2\psi_i^n  - \psi_i^{n-1}  + \alpha^2 ( \psi_{i+1}^n - 2\psi_i^n + \psi_{i-1}^n) - \beta^2 \psi  </math>
ou, mais usualmente: <math>\psi_i^{n+1}  =  2\psi_i^n  - \psi_i^{n-1}  + \alpha^2 ( \psi_{i+1}^n - 2\psi_i^n + \psi_{i-1}^n) - \beta^2 \psi  </math>


== CRITÉRIO DE ESTABILIDADE ==
== CRITÉRIO DE ESTABILIDADE ==




1. Forma geral da equação discretizada
Forma Contínua e Discretização: A equação de Klein-Gordon contínua é: <math> \frac{\partial^2 \psi}{\partial t^2} = c^2 \frac{\partial^2 \psi}{\partial x^2} - \frac{m^2 c^4}{\hbar^2} \psi. </math>
A equação discretizada é dada por:
 
<math> \psi_i^{n+1} = 2\psi_i^n - \psi_i^{n-1} + \frac{c^2 \Delta t^2}{\Delta x^2} (\psi_{i+1}^n - 2\psi_i^n + \psi_{i-1}^n) - \frac{m^2 c^4 \Delta t^2}{\hbar^2} \psi_i^n. </math>
Definimos:
 
<math> s = \frac{c \Delta t}{\Delta x}, </math>
para simplificar a notação, e escrevemos:
 
<math> \psi_i^{n+1} = 2\psi_i^n - \psi_i^{n-1} + s^2 (\psi_{i+1}^n - 2\psi_i^n + \psi_{i-1}^n) - \frac{m^2 c^4 \Delta t^2}{\hbar^2} \psi_i^n. </math>
2. Suposição de solução harmônica
Suponha que a solução seja uma onda harmônica no espaço e no tempo:
 
<math> \psi_i^n = A e^{i(kx_i - \omega t_n)}, </math>
onde:


<math>A</math> é a amplitude,
A forma discreta, usando diferenças finitas centralizadas no tempo e no espaço, é: <math> \psi_i^{n+1} = 2 \psi_i^n - \psi_i^{n-1} + \frac{c^2 \Delta t^2}{\Delta x^2} (\psi_{i+1}^n - 2 \psi_i^n + \psi_{i-1}^n) - \frac{m^2 c^4 \Delta t^2}{\hbar^2} \psi_i^n. </math> Aqui, definimos os coeficientes: <math> \alpha = \frac{c \Delta t}{\Delta x}, \quad \beta = \frac{m c^2 \Delta t}{\hbar}. </math>
<math>k</math> é o número de onda,
<math>\omega</math> é a frequência angular discreta,
<math>x_i = i \Delta x</math> e <math>t_n = n \Delta t</math> são os pontos espaciais e temporais.
No esquema discreto:


<math> \psi_i^n = A e^{i(k i \Delta x - \omega n \Delta t)}. </math>
Suposição de Solução Harmônica: Substituímos uma solução da forma: <math> \psi_i^n = G^n e^{i k x_i}, </math> onde:
Substituímos nas expressões de <math>\psi_i^{n+1}</math>, <math>\psi_i^n</math>, <math>\psi_i^{n-1}</math>, <math>\psi_{i+1}^n</math>, e <math>\psi_{i-1}^n</math>:


<math> \psi_i^{n+1} = A e^{i(k i \Delta x - \omega (n+1) \Delta t)} = \psi_i^n e^{-i \omega \Delta t}. </math>
na equação: <math> G^{n+1} e^{i k x_i} = 2 G^n e^{i k x_i} - G^{n-1} e^{i k x_i} + \alpha^2 G^n \left(e^{i k x_{i+1}} - 2 e^{i k x_i} + e^{i k x_{i-1}}\right) - \beta^2 G^n e^{i k x_i}. </math>
De forma semelhante:


<math> \psi_i^{n-1} = \psi_i^n e^{i \omega \Delta t}, \quad \psi_{i+1}^n = \psi_i^n e^{i k \Delta x}, \quad \psi_{i-1}^n = \psi_i^n e^{-i k \Delta x}. </math>
Simplificação:
3. Substituição na equação discretizada
Substituímos essas expressões na equação:


<math> \psi_i^n e^{-i \omega \Delta t} = 2\psi_i^n - \psi_i^n e^{i \omega \Delta t} + s^2 \left(\psi_i^n e^{i k \Delta x} - 2\psi_i^n + \psi_i^n e^{-i k \Delta x}\right) - \frac{m^2 c^4 \Delta t^2}{\hbar^2} \psi_i^n. </math>
Como <math> e^{i k x_{i+1}} = e^{i k x_i} e^{i k \Delta x} </math> e <math> e^{i k x_{i-1}} = e^{i k x_i} e^{-i k \Delta x} </math>, o termo centralizado se torna: <math> e^{i k x_{i+1}} - 2 e^{i k x_i} + e^{i k x_{i-1}} = e^{i k x_i} \left(e^{i k \Delta x} - 2 + e^{-i k \Delta x}\right). </math>
Dividimos tudo por <math>\psi_i^n</math>:
Usando <math> e^{i k \Delta x} + e^{-i k \Delta x} = 2 \cos(k \Delta x) </math>, temos: <math> e^{i k x_{i+1}} - 2 e^{i k x_i} + e^{i k x_{i-1}} = e^{i k x_i} \left(-2 + 2 \cos(k \Delta x)\right). </math>
Substituímos isso na equação e cancelamos o fator <math> e^{i k x_i} </math>, que nunca é zero: <math> G^{n+1} = 2 G^n - G^{n-1} - \alpha^2 (2 - 2 \cos(k \Delta x)) G^n - \beta^2 G^n. </math>


<math> e^{-i \omega \Delta t} = 2 - e^{i \omega \Delta t} + s^2 \left(e^{i k \Delta x} - 2 + e^{-i k \Delta x}\right) - \frac{m^2 c^4 \Delta t^2}{\hbar^2}. </math>
Simplificando mais, obtemos: <math> G^{n+1} = (2 - \alpha^2 (2 - 2 \cos(k \Delta x)) - \beta^2) G^n - G^{n-1}. </math>
4. Simplificação com identidades trigonométricas
Para simplificar, usamos:


<math> e^{i k \Delta x} + e^{-i k \Delta x} = 2 \cos(k \Delta x), </math>
Equação Característica: Assumimos uma solução na forma de uma equação quadrática <math> G </math>: <math> G^2 - G \left(2 - \alpha^2 (2 - 2 \cos(k \Delta x)) - \beta^2 \right) + 1 = 0. </math>
e


<math> e^{-i \omega \Delta t} + e^{i \omega \Delta t} = 2 \cos(\omega \Delta t). </math>
Condição de Estabilidade: Para estabilidade, as raízes de <math> G </math> devem satisfazer <math> |G| \leq 1 </math>. Isso leva ao critério: <math> \alpha \leq 1, \quad \text{ou seja,} \quad \frac{c \Delta t}{\Delta x} \leq 1. </math>
Substituímos e reorganizamos:


<math> \cos(\omega \Delta t) = 1 - s^2 (1 - \cos(k \Delta x)) - \frac{m^2 c^4 \Delta t^2}{2 \hbar^2}. </math>
Conclusão Matemática:
5. Condição de estabilidade
A condição <math> \alpha \leq 1 </math> garante que os termos oscilatórios na solução não crescem exponencialmente. Essa análise também mostra que:
Para que a solução seja estável, o módulo de <math>\cos(\omega \Delta t)</math> deve ser no máximo 1 (<math>|\cos(\omega \Delta t)| \leq 1</math>). Isso impõe a seguinte condição no termo <math>s^2</math>:


<math> s^2 = \frac{c^2 \Delta t^2}{\Delta x^2} \leq 1. </math>
Quanto menor o passo de tempo <math> \Delta t </math>, mais precisa e estável é a solução.
Ou seja:
A relação entre os passos de tempo e espaço é crucial: aumentar muito <math> \Delta t </math> sem ajustar <math> \Delta x </math> pode levar à instabilidade.
 
<math> \frac{c \Delta t}{\Delta x} \leq 1. </math>
6. Interpretação
<math>s = \frac{c \Delta t}{\Delta x}</math> representa a relação entre os passos no tempo (<math>\Delta t</math>) e no espaço (<math>\Delta x</math>).
Se <math>s > 1</math>, a onda "se propaga rápido demais" em relação à resolução do espaço-tempo, o que pode causar instabilidade.


== C.C e C.I ==
== C.C e C.I ==
Linha 121: Linha 90:


[[Arquivo:Klein 2.gif]]
[[Arquivo:Klein 2.gif]]
[[Arquivo:Estabilidade.gif]]
Localização Inicial: No gráfico mostrado, <math> \psi(x,t) </math> tem um pico bem definido, o que sugere que a partícula está localizada inicialmente em torno de um ponto central no espaço. Isso significa que a probabilidade da partícula estar presente é maior nessa região (em torno do pico), e diminui nas bordas. No gráfico mostrado acima, <math> \psi(x,t) </math> tem um pico bem definido, o que sugere que a partícula está localizada inicialmente em torno de um ponto central no espaço. Isso significa que a probabilidade da partícula estar presente é maior nessa região (em torno do pico), e diminui nas bordas.
= Código utilizado =
import numpy as np
import matplotlib.pyplot as plt
from matplotlib.animation import FuncAnimation
L = 10.0          # Comprimento da simulação
Nx = 100          # Número de pontos espaciais
dx = L / Nx      # Passo espacial
T_max = 30        # Tempo máximo de simulação
m = 1.0          # Massa da partícula
c = 1.0          # Velocidade da luz
hbar = 1.0        # Constante de Planck reduzida
A = 1.0          # Amplitude do pulso
x0 = L / 2        # Posição central do pulso
sigma = 0.5      # Largura do pulso
x = np.linspace(0, L, Nx)
phi_0 = A * np.exp(-((x - x0)**2) / (2 * sigma**2))
dphi_0 = np.zeros(Nx)  # Derivada inicial nula
#estabilidade
alpha_stable = 0.5  # Valor estável para alpha (c * dt / dx)
dt_stable = alpha_stable * dx / c
alpha_unstable = 1.5  # Valor instável para alpha (c * dt / dx)
dt_unstable = alpha_unstable * dx / c
Nt_stable = int(T_max / dt_stable)
Nt_unstable = int(T_max / dt_unstable)
def evolve_wave(dt, Nt):
    phi = np.zeros((Nt, Nx))
    phi[0, :] = phi_0
    phi[1, :] = phi_0 + dt * dphi_0
    for n in range(1, Nt-1):
        for i in range(1, Nx-1):
            phi[n+1, i] = 2 * phi[n, i] - phi[n-1, i] + (dt**2) * (
                (phi[n, i+1] - 2 * phi[n, i] + phi[n, i-1]) / dx**2
                - (m**2 * c**2 / hbar**2) * phi[n, i]
            )
    return phi
phi_stable = evolve_wave(dt_stable, Nt_stable)
phi_unstable = evolve_wave(dt_unstable, Nt_unstable)
fig, ax = plt.subplots(2, 1, figsize=(10, 8))
def update_stable(frame):
    ax[0].cla()
    ax[0].plot(x, phi_stable[frame, :], label=f'Tempo: {frame * dt_stable:.2f}s')
    ax[0].set_title("Evolução Estável")
    ax[0].set_xlim(0, L)
    ax[0].set_ylim(-1.5, 1.5)
    ax[0].legend()
def update_unstable(frame):
    ax[1].cla()
    ax[1].plot(x, phi_unstable[frame, :], label=f'Tempo: {frame * dt_unstable:.2f}s')
    ax[1].set_title("Evolução Instável")
    ax[1].set_xlim(0, L)
    ax[1].set_ylim(-1.5, 1.5)
    ax[1].legend()
def init():
    for a in ax:
        a.clear()
    return ax
# Atualização combinada para animação
def update(frame):
    update_stable(frame)
    update_unstable(frame)
    return ax
# Criando a animação
frames_stable = range(0, Nt_stable, max(1, Nt_stable // 150))
frames_unstable = range(0, Nt_unstable, max(1, Nt_unstable // 150))
ani = FuncAnimation(fig, update, frames=min(len(frames_stable), len(frames_unstable)),
init_func=init, blit=False)
# Salvando as animações
fig.tight_layout()
ani.save('klein_gordon_stable_vs_unstable.gif', writer='pillow', fps=30)
plt.show()

Edição atual tal como às 14h21min de 8 de janeiro de 2025

INTRODUÇÃO

A equação de Klein-Gordon é uma das equações fundamentais na teoria quântica relativística. Ela descreve partículas escalares (partículas sem spin, como os bósons de Higgs) e é uma extensão relativística da equação de Schrödinger, incorporando a relação de energia relativística de Einstein . A equação é nomeada em homenagem a Oskar Klein e Walter Gordon, que a formularam independentemente. De maneira geral, a equação pode ser escrita como:


onde é chamado operador de d'Alambert.

Abrindo a equação, é obtido:

(em uma dimensão)

Inicialmente, a equação pode ser interpretada como uma equação de um campo escalar que pode ser quantizado, onde é introduzido um campo quantico que é descrito por partículas sem spin. No reino da física de partículas, as interações eletromagnéticas podem ser incorporadas formando o tópico da eletrodinâmica escalar, por exemplo. Entretando, a solução da equação não pode ser interpretada diretamente como a densidade de probabilidade vista na equação de Schrodinger, em vez disso, a densidade de probabilidade relativística é definida usando uma corrente de probabilidade associada. Na mecânica quântica relativística, a função de onda é usada para descrever o estado de uma partícula no espaço-tempo.

MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS

O método das diferenças finitas é uma técnica numérica amplamente utilizada para resolver EDPs. Ele envolve a discretização das variáveis contínuas (geralmente no tempo ou no espaço), transformando as equações diferenciais em sistemas algébricos que podem ser resolvidos numericamente. Os primeiros passos para utilizar o método é fazer a discretização no tempo e no espaço. Para uma equação no tempo você discretiza o tempo em intervalos criando uma sequência de pontos . Para uma equação no espaço você discretiza o espaço em intervalos criando uma sequência de pontos . Depois de discretizar o espaço e o tempo, as derivadas contínuas são aproximadas por diferenças finitas. Isso envolve substituir as derivadas por aproximações baseadas nos valores de uma função nos pontos discretos:

e para o tempo.

para o espaço.

Na equação de Klein-Gordon, escrevemos desta o método das diferenças finitas:

ou seja:

isso nos leva a equação final:

chamarei e

portanto,

ou, mais usualmente:

CRITÉRIO DE ESTABILIDADE

Forma Contínua e Discretização: A equação de Klein-Gordon contínua é:

A forma discreta, usando diferenças finitas centralizadas no tempo e no espaço, é: Aqui, definimos os coeficientes:

Suposição de Solução Harmônica: Substituímos uma solução da forma: onde:

na equação:

Simplificação:

Como e , o termo centralizado se torna: Usando , temos: Substituímos isso na equação e cancelamos o fator , que nunca é zero:

Simplificando mais, obtemos:

Equação Característica: Assumimos uma solução na forma de uma equação quadrática :

Condição de Estabilidade: Para estabilidade, as raízes de devem satisfazer . Isso leva ao critério:

Conclusão Matemática: A condição garante que os termos oscilatórios na solução não crescem exponencialmente. Essa análise também mostra que:

Quanto menor o passo de tempo , mais precisa e estável é a solução. A relação entre os passos de tempo e espaço é crucial: aumentar muito sem ajustar pode levar à instabilidade.

C.C e C.I

Condições iniciais e condições de contorno são fundamentais para a resolução da equação, já que elas ditam o comportamento da função oa longo do tempo e ao longo do espaço, para plotar a evolução temporal, utilizarei as seguintes condições iniciais e de contorno:

que define um pulso gaussiano como condição inicial.

e que define que, no instante de tempo t=0, a função não possui velocidade inicial, o que implica que o pulso está parado inicialmente e sua evolução se deve pela propagação de flutuações espaciais.

Nesta condição, A é a altura do pulso, é a posição central do pulso e é a largura do pulso.

Utilizarei também as condições de contorno em que e o que garante que a função 'morra' nas pontas.

Utilizando estas condições iniciais e condições de contorno, foi feito um gif que mostra a evolução temporal da equação de Klein-Gordon utilizando o método das diferenças finitas:

Estatico.png

Klein 2.gif

Estabilidade.gif


Localização Inicial: No gráfico mostrado, tem um pico bem definido, o que sugere que a partícula está localizada inicialmente em torno de um ponto central no espaço. Isso significa que a probabilidade da partícula estar presente é maior nessa região (em torno do pico), e diminui nas bordas. No gráfico mostrado acima, tem um pico bem definido, o que sugere que a partícula está localizada inicialmente em torno de um ponto central no espaço. Isso significa que a probabilidade da partícula estar presente é maior nessa região (em torno do pico), e diminui nas bordas.


Código utilizado

import numpy as np

import matplotlib.pyplot as plt

from matplotlib.animation import FuncAnimation


L = 10.0 # Comprimento da simulação

Nx = 100 # Número de pontos espaciais

dx = L / Nx # Passo espacial

T_max = 30 # Tempo máximo de simulação

m = 1.0 # Massa da partícula

c = 1.0 # Velocidade da luz

hbar = 1.0 # Constante de Planck reduzida


A = 1.0 # Amplitude do pulso

x0 = L / 2 # Posição central do pulso

sigma = 0.5 # Largura do pulso


x = np.linspace(0, L, Nx)


phi_0 = A * np.exp(-((x - x0)**2) / (2 * sigma**2))

dphi_0 = np.zeros(Nx) # Derivada inicial nula

  1. estabilidade

alpha_stable = 0.5 # Valor estável para alpha (c * dt / dx)

dt_stable = alpha_stable * dx / c

alpha_unstable = 1.5 # Valor instável para alpha (c * dt / dx)

dt_unstable = alpha_unstable * dx / c


Nt_stable = int(T_max / dt_stable)

Nt_unstable = int(T_max / dt_unstable)


def evolve_wave(dt, Nt):

   phi = np.zeros((Nt, Nx))
   phi[0, :] = phi_0
   phi[1, :] = phi_0 + dt * dphi_0


   for n in range(1, Nt-1):
       for i in range(1, Nx-1):
           phi[n+1, i] = 2 * phi[n, i] - phi[n-1, i] + (dt**2) * (
               (phi[n, i+1] - 2 * phi[n, i] + phi[n, i-1]) / dx**2 
               - (m**2 * c**2 / hbar**2) * phi[n, i]
           )
   return phi


phi_stable = evolve_wave(dt_stable, Nt_stable)

phi_unstable = evolve_wave(dt_unstable, Nt_unstable)


fig, ax = plt.subplots(2, 1, figsize=(10, 8))


def update_stable(frame):

   ax[0].cla()
   ax[0].plot(x, phi_stable[frame, :], label=f'Tempo: {frame * dt_stable:.2f}s')
   ax[0].set_title("Evolução Estável")
   ax[0].set_xlim(0, L)
   ax[0].set_ylim(-1.5, 1.5)
   ax[0].legend()


def update_unstable(frame):

   ax[1].cla()
   ax[1].plot(x, phi_unstable[frame, :], label=f'Tempo: {frame * dt_unstable:.2f}s')
   ax[1].set_title("Evolução Instável")
   ax[1].set_xlim(0, L)
   ax[1].set_ylim(-1.5, 1.5)
   ax[1].legend()


def init():

   for a in ax:
       a.clear()
   return ax
  1. Atualização combinada para animação

def update(frame):

   update_stable(frame)
   update_unstable(frame)
   return ax
  1. Criando a animação

frames_stable = range(0, Nt_stable, max(1, Nt_stable // 150))

frames_unstable = range(0, Nt_unstable, max(1, Nt_unstable // 150))

ani = FuncAnimation(fig, update, frames=min(len(frames_stable), len(frames_unstable)),

init_func=init, blit=False)


  1. Salvando as animações

fig.tight_layout()

ani.save('klein_gordon_stable_vs_unstable.gif', writer='pillow', fps=30)

plt.show()