Integração Numérica: mudanças entre as edições
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:<math>erro=\frac{Int(N)-Int(N-1)}{Int(N)}</math>, | :<math>erro=\frac{Int(N)-Int(N-1)}{Int(N)}</math>, | ||
onde <math>Int(N)</math> é o valor retornado pelo método numérico utilizado utilizando <math>N</math> divisões e <math>Int(N-1)</math> utilizando <math>N-1</math> divisões. Note que um teste simples para verificar quando a resposta está convergindo é aumentar <math>N</math> e calcular o erro a cada incremento no seu valor. | onde <math>Int(N)</math> é o valor retornado pelo método numérico utilizado utilizando <math>N</math> divisões e <math>Int(N-1)</math> utilizando <math>N-1</math> divisões. Note que um teste simples para verificar quando a resposta está convergindo é aumentar <math>N</math> e calcular o erro a cada incremento no seu valor. | ||
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==Referencias== | ==Referencias== |
Edição das 08h50min de 21 de outubro de 2013
Integração numérica é um termo amplo que abrange até a integração de equações diferenciais como é discutido em Métodos Computacionais B. Aqui nos referimos exclusivamente ao cálculo numérico da integral definida:
O termo definida, quer dizer que a integral se faz entre limites definidos, no caso a e b.
O interesse de fazer esse cálculo numericamente se deve a:
- existência de funções contínuas sem primitiva, o que inviabiliza a conta analítica.
- funções descontinuas ou definidas por trechos
- funções (ou tabelas) provenientes de experimentos
- funções continuas e com primitiva de representação simbólica, porem de difícil avaliação na prática (mais difícil que avaliar a própria função)
Definição
Revisemos o conceito de integral do cálculo: A integral definida de uma função f(x) no intervalo [a, b] se define como:
A integral de f(x) pode ser entendida como a soma de pequenos retângulos de base dx e altura f(x), onde o produto f(x) dx é a área deste retângulo.
A soma de todas estas pequenas áreas, ou áreas infinitesimais, fornece a área total abaixo da curva.
Mais precisamente podemos dizer que a integral acima é o valor limite da soma:
onde:
é o comprimento dos pequenos intervalos nos quais dividimos o intervalo (b-a),
é o valor da função em algum ponto deste intervalo.
Quando o valor da soma acima é igual a área abaixo da curva.
A integral também é conhecida como antiderivada:
Relembremos porque:
Teorema Fundamental do Cálculo
Se resolvermos a integral acima entre os limites a e b, o resultado pode ser escrito como dependendo só dos extremos:
Vamos ver agora como se isso for válido, então F(x) é a primitiva procurada.
Calculando a integral entre e :
Pela definição da integral entre limites definidos podemos escrevê-la como:
onde é um valor de entre os extremos do intervalo.
Passando o para a direita e tomando o limite quando ele vai para zero:
Demonstramos que a derivada de F(x) resulta ser a função f(x) que queremos integrar. Em outras palavras, o Teorema fundamental do Cálculo diz que resolver uma integral se resume a achar a primitiva, ou seja uma função cuja derivada seja o integrando.
O problema prático é que não todas as funções tem primitiva.. Vejamos então.
Cálculo Numérico
O cálculo numérico de uma integral definida se baseia na própria definição acima.
Com a diferença que N é finito. Obviamente quanto maior, melhor.
-Temos que pelos retângulos definidos pelo extremo esquerdo de cada subintervalo:
-E pelos retângulos definidos pelo extremo direito de cada subintervalo:
Regra do Trapézio:
onde:
Esta última pode ser reescrita como:
O erro de cálculo na Regra do Trapézio é dado por:
- ,
onde ξ é um número no intervalo entre a e b, such that[1]
Também pode se verificar que a integral calculada com os trapézios é a média das integrais calculadas com retângulos:
Regra de Simpson:
Notemos que o método do trapézio é baseado na ideia de passar uma reta por 2 pontos e aproximar a área da função f(x) pela área sob a curva definida pelo trapézio.
A regra de Simpson é uma extensão disto: a ideia é passar uma parábola por três pontos consecutivos e calcular a área definida por ela. Se tivermos apenas 3 pontos, a integral da parábola que passa entre é dada por:
No entanto, para integrarmos sobre toda o intervalo com boa precisão, é necessário dividi-lo em N intervalos, com N grande (e par!). Assim, é preciso traçar uma parábola a cada três pontos consecutivos e a expressão final da fórmula de Simpson é então a soma da área sob todas as parábolas do intervalo :
- ,
onde .
A dedução da regra de Simpson pode ser encontrada por exemplo em [1].
Programação
A seguir um trecho do programa para cálculo da integral da função f(x) (external function f(x))
entre a e b com N pontos, usando o método dos retângulos pela esquerda:
... Read*, a, b, N dx = (b-a)/N; S=0 Do i = 0, N-1 x = a + i*dx S = S + f(x) EndDo Print*, "Integral S=", S*dx ...
Os outros métodos se programam de maneira similar mudando limites (índice do laço)
e/ou tratando de forma diferente os valores das pontas.
Erro associado ao método numérico
O método de integração numérico não retorna o valor exato de uma função, visto que não podemos ter no computador . O erro aqui discutido estará vinculado ao número de divisões realizada na função dentro do intervalo que se quer saber o valor da integral. Assim, o erro é definido como
- ,
onde é o valor retornado pelo método numérico utilizado utilizando divisões e utilizando divisões. Note que um teste simples para verificar quando a resposta está convergindo é aumentar e calcular o erro a cada incremento no seu valor.